Topo

Renato brinca sobre expulsão de Kannemann: 'Como é GreNal, está desculpado'

Colaboração para o UOL, em Maceió

21/05/2023 21h49

O técnico Renato Gaúcho, do Grêmio, estava tranquilo na coletiva de imprensa após vitória sobre o Internacional por 3 a 1 neste domingo (21).

O que aconteceu

Ele foi aplaudido na entrada e na saída, além de ter brincado em alguns momentos.

Renato também parabenizou a filha Carol, que faz aniversário hoje.

Confira trechos da entrevista

Kannemann. "Foi a melhor atuação do Grêmio [no ano], mas nós tivemos outra grande exibição no ano, contra o Internacional, no estadual. Hoje foi melhor. Nós fizemos o terceiro gol, que foi um golaço numa grande jogada do Suárez, e ali nós estávamos com 10. O Kannemann é aquele leão com fome preso na jaula. Quando solta? Já disse a ele para ter calma. Quase tirei ele na metade do jogo. Até falei que ele poderia ser expulso. Ele se entrega o tempo todo. Às vezes exagera, mas, se tratando de GreNal, está desculpado."

Ofensividade com três zagueiros. "Nós temos bastante qualidade no nosso grupo. Só que, às vezes, precisa de um esquema diferente porque não adianta ter a qualidade e o adversário se aproveitar dos espaços. Jogávamos em um esquema em que o time jogava bastante lento e não tínhamos o contra-ataque. Ontem eu estava falando com o grupo e o Suárez concordou comigo. Para muita gente, o time com três zagueiros está defensivo. Eu falo para essas pessoas que, com três zagueiros, o time fica mais ofensivo. Me pedem para explicar, mas eu não vou explicar (risos), porque aí a palestra seria de graça. Tenho que explicar isso para o meu grupo. Depende do que o treinador fala para o jogador e é um esquema que você pode ser mais ofensivo do que defensivo. Com 10 jogadores, atacamos mais o nosso adversário e tiramos os espaços."

Aproveitamento. "Independente de ser um GreNal ou não, sempre buscamos a vitória, para que estejamos sempre naquele pelotão da frente. É Campeonato Brasileiro, é briga de cachorro grande, os jogos são difíceis para o Grêmio e para os adversários. Não tem jogo fácil. O que falo para o meu grupo é que a gente tem sempre que ter 50% de aproveitamento no Campeonato Brasileiro no mínimo, porque com isso você está sempre no pelotão da frente. Não vamos nos iludir porque vencemos a partida hoje, mas vi alguns defeitos e erros que cabem a mim corrigir. Não é porque foi o GreNal que vamos jogar dessa forma, de disposição e entrega, mas com qualquer adversários."

Departamento médico. "O Bruno Alves tomou um pisão, acho que no tornozelo, inchou e estava mancando. Eu pedi para ele aguentar até o final do primeiro tempo para eu não queimar uma parada. No intervalo, os médicos examinaram e viram que não tinha condições. Lesão é da natureza. Hoje, o Arrascaeta machucou durante o aquecimento. Tem lesões que não adianta. É a natureza. Estou lá no departamento médico todo dia, trocando ideia. Temos um grupo muito bom. Lesão é lesão. É aí que entra aquele cara que gosta de fazer ondinha, questionando porque o jogador não sai do departamento médico. Nós, profissionais do clube, temos muita responsabilidade. O departamento médico do Grêmio é um dos melhores do Brasil. Todos os times têm jogadores lesionados. Eu queria que nenhum jogador machucasse, mas machuca."

Estratégia com um a menos. "Minha ideia [ao perder o Kannemann] é que a melhor defesa é o contra-ataque. Eu seria massacrado. Coloquei o Galdino para ganhar essa velocidade e ajudar o Fábio. Se eu não faço isso, não teríamos nem o contra-ataque. Recuei, fiz duas linhas de 4, mas com a possibilidade de ter o contra-ataque com o Galdino, que tem muita força e consegue ir e voltar. O mesmo fiz com o Cuiabano, dobrando a marcação dos dois lados, e nos proporcionou muitas saídas no contra-ataque."

O futuro. "A gente está há dois pontos do 3º colocado. Essa vitória foi fundamental para a gente. Dei os parabéns ao grupo. Uma exibição de gala, um futebol redondo, mas a gente não pode parar por aí. Não ganhamos nada. Vencemos o nosso grande rival, mas ainda não ganhamos nada. Sempre vejo o que precisamos melhorar, não só nas derrotas, mas também nas vitórias. Temos que corrigir os erros nos vídeos para que eles façam o que pedimos. Essa pegada, essa entrega, temos que ter em todos os jogos. É um campeonato longo, difícil, e temos a Copa do Brasil também no meio."