Sampaoli justifica saída de Pedro e diz que Fla será ainda mais 'intenso'
O técnico Jorge Sampaoli, do Flamengo, explicou a decisão de tirar Pedro no 2° tempo da partida de seu time contra o Corinthians, que acabou em 1 a 0 para os cariocas. Ele ainda minimizou as lesões recentes de seus atletas e disse que a equipe será ainda mais intensa.
Pedro por Cebolinha no início do 2° tempo. "Quando decido tirar o Pedro, é porque o time não estava dominando o jogo, então tenho que tomar decisões diante de um jogo que estava complicado para nós. O Corinthians era melhor. A substituição gerou, com o Cebolinha, outras coisas, como o um contra um na esquerda. Pode ser a decisão correta ou não, mas preciso atuar quando vejo que o time está sendo superado."
Lesões e desgaste do time. "O Éverton Ribeiro teve um problema que já vinha se arrastando no tornozelo, e isso gerou uma lesão no posterior, lamentavelmente. O Arrascaeta vinha com muita carga. Queríamos jogar com ele por metade do jogo, mas ele se sentiu com muito cansaço e não conseguiu. Com a intensidade que pretendo que o time jogue, será esta transição até que haja uma preparação normal, vai acontecer isso. Não tem outra forma de que o time tenha meu estilo se não acontecer uma preparação excessiva e regular. O time vai ter altos e baixos até que chegue a uma qualidade física, técnica, tática e coletiva que permita uma trajetória normal. Eu cheguei aqui por que isso não estava normal, então a minha obrigação é normalizar sem limites. Vai ser assim."
Mudança será gradual? "Eu recebi o time de uma forma, e a única maneira de modificar a forma é trabalhando. Não vejo outra forma de melhora de um time. Mesmo assim, há este tipo de consequência [lesões]. Para mim, seria muito mais fácil não trabalhar. Para jogar com a intensidade que pretendo, tem que trabalhar. Exige muito mais."
Sentimento pós-vitória no fim. "O time ganhou um jogo importante e vem jogando com uma sequência pesada. Está sentindo, obviamente, os cinco jogos em 12 dias. Considero que, hoje, o time ganhou uma partida difícil. Cada vitória ajuda no processo."
Montiel e presença de jovens no time. "O Montiel é um grande lateral, gosto muito dele, mas tenho confiança no Wesley, no Matheuzinho, no Varela... eu olharia mais em outro lugar onde o time precisa com mais urgência. Sobre os jovens: hoje o Victor Hugo jogou muito tempo, o [Matheus] França não entrou porque estava com dores na lombar... eu vou recorrendo aos jogadores. O Igor Jesus está trabalhando bem, mas o Pulgar está fazendo grandes jogos."
Dificuldade de construção. "Há uma fase do futebol que tem a ver com o ataque do espaço. Quando se reduz o espaço, o time tem que ter a tranquilidade de provocá-los. Depois, é o momento dos jogadores, que definem o jogo. Hoje, no último terço, o time não teve possibilidade de vencer o Cássio e um zagueiro, jogando de nove, marca e faz a gente ganhar o jogo. Eu valorizo a insistência, mas também me preocupo com a efetividade do time."
Luiz Araújo. "O Luiz é um jogador que queria no Marselha e também no Atlético-MG quando estava aqui. Gosto muito dele. É aproveitar sua capacidade. Não tem a ver com quem sai ou entra, ele tem um nível que vai melhorar o elenco, então será bem-vindo."
Posição na tabela. "Ganhar sempre é bom. Lembro do jogo com o Athletico, que para mim foi o melhor do time: não merecemos perder. Hoje, tivemos insistência, mas não tivemos clareza. É futebol, temos que valorizar a vitória e corrigir. Considero que a posição de um treinador de futebol está supervalorizada. O futebol é dos jogadores, são eles que têm a capacidade para fazer com que o Flamengo ganhe."
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