Esposa de Ganso relata tensão e correria após ser barrada no Nilton Santos
Giovanna Costi, esposa de Paulo Henrique Ganso, usou seu Instagram para detalhar o episódio em que foi, ao lado do filho Henrico, barrada no Nilton Santos minutos antes do duelo entre Botafogo e Fluminense, ocorrido no último fim de semana.
O que aconteceu
Ela disse que tinha ingressos para um "camarote particular" e negou, portanto, qualquer chance de "carteirada".
Giovanna alegou ser tratada de maneira "curta e grossa" por funcionários do estádio, que tinham recebido uma ordem para não permitir entrada de pessoas com camisa do Fluminense.
A mulher afirmou ainda que ouviu "deboche" e que outros torcedores do Flu passavam ao "esconderem" as camisas embaixo de agasalhos.
Por fim, Giovanna desabafou ao falar que foi hostilizada na saída do estádio do Rio de Janeiro. Ela ainda disse que presenciou correria e bate-boca no local.
Leia o desabafo
"Nosso ingresso era para um camarote particular. Não estávamos sem ingresso, não tentamos dar 'carteirada'.
Estacionamos o carro com o voucher enviado pelo dono do camarote e, ao tentarmos entrar no estádio, fomos avisados de forma curta e grossa que aquela era a ordem do dia: não entrar com a camisa do Fluminense. Eles mesmos disseram que era algo novo, ou seja, isso não existia até ontem — nem os donos dos camarotes foram avisados.
Não estávamos na torcida organizada do adversário. Estávamos em uma área onde sempre foi permitida a entrada com camisa de qualquer clube, até ontem.
As pessoas que nos 'barraram' viram os torcedores adversários passarem, debocharem da situação. Duas mulheres (sendo uma grávida) e duas crianças. Não moveram um dedo. Alguns minutos depois, vimos outros torcedores do Fluminense serem barrados, mas eles fechavam o casaco e passavam. Nós estávamos com duas crianças completamente uniformizadas para entrar com os pais em campo. Perguntamos se, com os casacos fechados para entrar, passaríamos, mas eles disseram que não, que as crianças não poderiam ficar trajadas de Fluminense. Ninguém da 'equipe operacional' deles nos ajudou em nenhum momento.
No fim, ligamos para as pessoas responsáveis pela organização do Fluminense (nossa imensa gratidão por tudo) e eles nos direcionaram a um lugar seguro, todos com as camisas do Fluminense. As crianças ficaram assustadas e simplesmente não entendiam o porquê de tudo aquilo.
Para completar, fomos hostilizados na saída. O motivo? Simplesmente por sermos do time adversário. Correria, bate-boca, uma arrogância de todos os funcionários que ali estavam... o coração do meu filho [estava] acelerado. Mas estamos todos bem. Nunca vi isso no Maracanã: os adversários se encontram e se comportam de maneira civilizada.
Resolvi esclarecer porque sei de todo carinho da torcida conosco porque vi muita gente nos 'culpando' pelo ocorrido — e porque isso nunca será futebol."
Perrengue no Nilton Santos
Giovana Costi, esposa de Ganso, e Henrico, o filho, foram barrados na entrada dos camarotes do Nilton Santos.
Ambos estavam uniformizado com a camisa do Fluminense, e por isso não tiveram a entrada permitida pelos seguranças.
Henrico usava a camisa 10 personalizada com o apelido 'Gansinho'. Ele joga no time sub-9 do Flu.
Após algumas ligações, Giovana e o filho puderam entrar no estádio e acompanha a partida — que acabou com vitória do Botafogo por 1 a 0.
A informação inicial foi publicada pela rádio Itatiaia, e confirmada pelo UOL.
Botafogo se explica
Em nota enviada ao UOL, o Botafogo informou que os camarotes não são setores de torcidas mistas para a segurança dos torcedores adversários.
A única exceção para a utilização de camisas de outros clubes que não a do Botafogo é para os camarotes destinados como cortesia à diretoria do clube rival — o que não era o caso da família de Ganso.
A equipe operacional do estádio soube da situação e destinou a família do atleta para os camarotes destinados ao Fluminense.
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