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Multa de R$ 5,4 bilhões: do que Vini Jr. precisa para sair do Real Madrid?

Do UOL, em São Paulo

22/05/2023 11h41Atualizada em 22/05/2023 15h00

Após sofrer mais um episódio de racismo, Vinicius Junior falou pela primeira vez sobre deixar a Espanha. Mas caso o atacante realmente queira sair do Real Madrid, a ruptura deve custar caro.

Isso porque o último contrato do brasileiro, assinado em julho de 2022, tem uma cláusula de rescisão de 1 bilhão de euros, cerca de R$ 5,4 bilhões.

Já caso o Real Madrid aceite negociá-lo, o futuro clube de Vini Jr. deve desembolsar ao menos 120 milhões de euros (R$ 645 milhões) para contratar o atleta.

Esse cenário, em que a negociação é uma vontade mútua, parece improvável. Nos últimos anos, o presidente do Real, Florentino Pérez, sempre demonstrou resistência à ideia de vender o brasileiro.

Formado no Flamengo, Vinícius foi negociado com o clube espanhol em 2017, aos 16 anos, por "apenas" 45 milhões de euros.

Hoje, além do valor de mercado elevado, o atacante ganha cerca de 10 milhões de euros (cerca de R$ 53,8 milhões) ao ano, se tornando um dos jogadores mais bem pagos do elenco merengue.

O que aconteceu:

Vini Jr. foi alvo de ofensas racistas de diversos torcedores do Valencia, que disputou partida contra o Real pela La Liga, na tarde de ontem.

O jogo precisou ser paralisado após o brasileiro se revoltar com os gritos de "mono" — macaco em espanhol — por volta de 15 minutos do segundo tempo.

Vinicius começou a discutir com os torcedores e, em meio a confusão, chegou a receber um mata-leão de um jogador do Valencia.

Apesar disso, apenas o brasileiro foi expulso após a reação.

A partida foi reiniciada pelo árbitro e o Real Madrid perdeu por 1 a 0.

O Valencia afirmou que a polícia espanhola identificou um torcedor do clube que fez gestos racistas e que ele será banido para sempre do Estádio Mestalla.

O clube declarou ainda que "trabalhos estão sendo feitos de maneira coordenada para confirmar a identidade de outros possíveis implicados."

O caso de racismo causou revolta e mobilizou até mesmo o presidente Lula.

O brasileiro foi alvo de 10 ataques do tipo desde 2021, oito deles apenas nessa temporada.