PC de Oliveira se emociona no sportv ao comentar racismo com Vini: 'esgota'
O comentarista de arbitragem Paulo César de Oliveira se emocionou ao falar sobre o episódio de racismo envolvendo Vinicius Jr. no jogo contra o Valencia.
O que aconteceu
PC de Oliveira interrompeu a sua fala ao se emocionar com o tema. "A minha presença aqui realmente é pra falar de um assunto que se esgota bastante", disse, antes de fazer uma pausa. "Mas que é super necessário a gente falar", complementou, durante o seleção sportv.
Inicialmente ele foi questionado pelo apresentador André Rizek se a indignação com os casos de racismo aumentou desde o episódio em que Daniel Alves comeu uma banana atirada por torcedores.
PC Oliveira respondeu que avançou bastante, mas questionou o que precisa acontecer para que a partida seja encerrada, como determina o Código Disciplinar da Fifa.
O que mais ele disse
Indignação com casos de racismo. "Avançou bastante não só no futebol, mas ainda tem muita coisa pra se fazer, pra se reformar, a mudança de cultura, a mudança de mentalidade. No futebol especificamente, tivemos uma mudança importante no Código Disciplinar da Fifa, que a partir de 2019 prevê os passos que o árbitro deve seguir durante o jogo".
Homofobia em Corinthians x São Paulo. "Falamos sobre isso sobre o caso do clássico Corinthians e São Paulo, de homofobia, e os passos são os mesmos para o caso de racismo, que é você paralisar o jogo, informar no sistema de som, aí os jogadores podem ir para os vestiários, e o terceiro passo é encerrar a partida. E eu fico me perguntando o que precisa acontecer para chegar nesse terceiro passo".
É preciso que chicoteiem um jogador negro? "Se os fatos do jogo do Valencia e Real Madrid não configuraram esse terceiro passo, fico me perguntando: o que precisa ser feito? Será que vão ter que entrar no campo de jogo e algemar, acorrentar ou chicotear um jogador negro pra efetivamente ser considerada uma situação grave para que leve ao encerramento da partida? É uma mudança que tem sido inócua".
Vai precisar morrer alguém? "Quando constou essa mudança, confesso a você que foi uma alegria muito grande, que a gente pensou 'que passo importante'. Mas esse passo não tem sido dado. E é tão revoltante, de uma indignação tão grande, porque nem súmula em um primeiro momento foi constado, é um problema estrutural lá na Espanha. Eles encaram de uma forma que o fato não foi citado na súmula, que é um absurdo tremendo, e depois foi feito um adendo citando que um torcedor havia se manifestado. E eu fico me perguntando 'e aquele coro'? Não foi uma atitude de um idiota. Foi uma atitude de um estádio inteiro. A que ponto chegaremos? Vai precisar morrer alguém pra encerrar a partida e a equipe perder os pontos?".
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