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La Liga - 2022/2023

Como é o protocolo antirracismo em jogos do Campeonato Espanhol?

Vinícius Jr. reclama com o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea durante Valencia x Real Madrid. - NurPhoto/NurPhoto via Getty Images
Vinícius Jr. reclama com o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea durante Valencia x Real Madrid. Imagem: NurPhoto/NurPhoto via Getty Images

Do UOL, em São Paulo

23/05/2023 13h31

No caso de racismo contra Vinícius Jr. por parte de torcedores do Valencia, o árbitro Ricardo de Burgos Bengoetxea aplicou dois dos quatro passos estabelecidos no protocolo contra ofensas a jogadores de La Liga.

O que aconteceu

O protocolo antirracismo foi assinado pelo Conselho Superior de Esportes da Espanha em março de 2005. A partir de 2017, La Liga passou a recomendar a seus árbitros um conjunto de medidas semelhantes.

Primeiro passo: paralisar o jogo. Isso aconteceu em Valencia x Real Madrid, por volta de 25 minutos do segundo tempo. A paralisação só ocorreu após torcedores no Mestalla repetirem gritos e gestos racistas, proferidos cerca de 10 minutos antes contra Vinícius Jr.

Segundo passo: aviso no sistema de som do estádio. Isso também ocorreu. O locutor do Mestalla pediu para que os gritos fossem encerrados, sob ameaça do jogo ser suspenso.

Terceiro passo: suspensão temporária da partida. Não ocorreu em Valencia x Real Madrid. Neste caso, se as ofensas racistas persistirem após o primeiro aviso, a partida deve ser paralisada de novo. As equipes descem ao vestiário e só retornam após novos recados à torcida no sistema de som.

Quarto passo: suspensão definitiva da partida. O árbitro declara que não há condições para a continuidade do confronto e, assim, o jogo acaba, independente do tempo restante. A medida nunca foi adotada em casos de racismo no Campeonato Espanhol, mas já foi tomada em 2019, quando o jogador ucraniano Roman Zozulya foi chamado de "puto nazista" por torcedores do Rayo Vallecano.