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Made in Brazil: Atlético-MG já vendeu camisas de Hulk a mais de 55 países

Fama de Hulk pelo mundo tem ajudado o Atlético-MG a internacionalizar sua marca - Pedro Souza/Clube Atlético Mineiro
Fama de Hulk pelo mundo tem ajudado o Atlético-MG a internacionalizar sua marca Imagem: Pedro Souza/Clube Atlético Mineiro

DO UOL, no Rio de Janeiro

23/05/2023 12h00

Quais os efeitos de se reforçar com um jogador renomado internacionalmente? No Atlético-MG, a chegada de Hulk, em 2021, trouxe não só aspectos técnicos como também de valorização e internacionalização da marca. Uma edição da camisa do atacante, por exemplo, já foi vendida para mais de 55 países pelo mundo.

O modelo em questão era o de 2022, chamado de "Manto da Massa", que foi uma campanha criada para a torcida escolher o design da peça a ser implementado.

"O Hulk impulsionou muito as vendas internacionais do Atlético. Foram mais de duas mil camisas do Manto da Massa comercializadas para fora do Brasil, sendo mil somente na Inglaterra e outras mil para mais de 50 países. Nomes gigantes como o dele são capazes de ajudar os clubes a romper essa barreira", afirma Bruno Brum, CMO da End to End, empresa de marketing esportivo parceira do Atlético-MG.

Revelado pelo Vitória, Hulk construiu sua fama na Europa atuando no Porto (POR) e no Zenit (RUS). O atacante também tem passagens por clubes do Japão e da China, este último onde era um dos jogadores mais bem pagos do país. Pela seleção brasileira, disputou a Copa do Mundo de 2014 e foi campeão da Copa das Confederações de 2013.

No Atlético-MG, Hulk já soma 83 gols em 140 jogos. Além disso, foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil de 2021, tendo sido artilheiro nas duas competições. Ele também soma uma Supercopa do Brasil, em 2022, e um tricampeonato mineiro (2021, 2022 e 2023).

Aumento de estrangeiros também ajuda na internacionalização

Especialistas acreditam que o aumento do número de estrangeiros por equipe, passando de cinco para sete, tem aumentado o interesse no futebol brasileiro.

"Essa internacionalização do futebol brasileiro atinge diversas áreas. Dentro de campo o intercâmbio é benéfico e fora dele também há muitos aspectos positivos. Um deles é a comercialização de produtos. A Premier League hoje explora muito bem isso e o Brasileirão precisa seguir o caminho. O primeiro passo foi dado, com a extensão do limite de estrangeiros. Agora, os clubes têm de saber explorar suas marcas em outros mercados", analisa Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing esportivo.

Além de jogadores, os treinadores também estão servindo como uma espécie de "embaixadores" dos clubes brasileiros em outros países. A Série A, por exemplo, iniciou com metade de seus treinadores estrangeiros, sendo oito portugueses e dois argentinos. Hoje, após as saídas, são oito profissionais de fora, com cinco portugueses e três argentinos.

"Quando você traz um treinador argentino, como é o nosso caso com o Vojvoda, as pessoas na Argentina passam a acompanhar mais o Fortaleza. Então se cria um desenvolvimento de marca a nível internacional. Quando o clube traz um técnico português, como tem acontecido, as pessoas em Portugal passam a conhecer mais aquele clube. O futebol brasileiro é atrativo, possui grandes atletas. O mercado de jogadores internacionais cresceu muito também e vai crescer mais com o novo limite de sete estrangeiros", disse o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz.

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