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Por que o Inter decidiu manter Mano Menezes e mudou departamento de futebol

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

23/05/2023 12h00

O Internacional preferiu demitir o executivo William Thomas e o coordenador técnico Sandro Orlandelli do que romper com Mano Menezes. A permanência do treinador é justificada na questão física e na esperança de retomada do rendimento do ano passado.

O que aconteceu

A direção do Inter oficializou as saídas de seu executivo e coordenador no início da noite de ontem. Mano foi mantido no cargo.

A decisão se embasou em dados produzidos pelo departamento de futebol que apresentavam queda em índices de rendimento, especialmente físico, do elenco.

O preparador físico Jean Carlo Lourenço, demitido na semana anterior, chegou ao clube por indicação de Thomas. Orlandelli também teve chegada semelhante.

O trabalho do executivo e do coordenador, na avaliação da direção, deram espaço para a atuação da preparação física, que impactou na queda de rendimento do time.

Mano Menezes é visto, nos bastidores, como vítima da falta de capacidade atlética do grupo. Seu modelo de jogo não foi suportado pelas falhas de preparação.

Além disso, Mano foi mantido pelo bom futebol apresentado pela equipe no ano passado e a esperança de retomada a partir das alterações propostas em outros membros do departamento de futebol e da comissão.

O Inter busca finalizar a contratação de um novo preparador físico o quanto antes.

A direção também avaliou que o treinador gaúcho tem ótima aceitação do grupo de jogadores e relação positiva com o comando. O presidente Alessandro Barcellos, por exemplo, enalteceu o trabalho de Mano em sua entrevista coletiva que sucedeu os anúncios de saída.

Para o mandatário, o treinador tem total capacidade de reverter o cenário negativo em campo e se mostrou unido ao projeto do clube quando não aceitou se transferir para o Corinthians mesmo com oferta de salário bem superior.

A lealdade ao clube e ao projeto pesaram na decisão de sequência, segundo apurou o UOL.

Mano é um treinador que tem seleção brasileira na carreira, já saiu de momentos como este outras vezes, conhece muito bem o clube, o grupo, e tem o reconhecimento deste grupo e o compromisso de fazer essa mudança acontecer. Temos convicção e acreditamos que é possível, dentro do próximo período, buscar essa transformação de forma rápida. Perseguimos um modelo de mais intensidade, o futebol de hoje exige isso, e precisamos de ferramentas e de capacidade para isso. A partir da análise que fizemos, e com o compromisso de quem continuará, fizemos as mudanças"

Alessandro Barcellos, presidente do Inter.

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