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Abel corneta chute errado e exalta Rony: 'Quero o guerreiro, não o rústico'

Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante partida contra o Cerro Porteño na Libertadores - Cesar Olmedo/Reuters
Abel Ferreira, técnico do Palmeiras, durante partida contra o Cerro Porteño na Libertadores Imagem: Cesar Olmedo/Reuters

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

24/05/2023 22h10

Abel Ferreira celebrou o fim do jejum de Rony em entrevista coletiva após a vitória do Palmeiras sobre o Cerro Porteño, hoje (24), pela Libertadores. O treinador português também 'escolheu' qual camisa 10 quer ver dentro de campo.

Ele trabalha muito, a única coisa que eu lhe disse foi que, às vezes na nossa vida, andamos sempre à procura de desculpas quando as coisas não estão bem. É focar nossa atenção fora e não dentro de nós. Eu o chamei hoje de manhã e o perguntei se estava a fazer tudo. Ele estava fazendo tudo, disse para não se preocupar com tudo o que se passava. Falei para olhar para dentro, se fosse o Rony, não o rústico, mas o guerreiro, o gol ia aparecer de forma natural. Eu não quero o Rony rústico, quero o guerreiro. Ficamos felizes por ele" Abel Ferreira

O que mais ele disse?

'Cornetada' em Rony: "Como todos atacantes, ele tem momentos. Tem momentos inspirados e outros não, como foi aquela oportunidade que ele perdeu, se estivéssemos no treino eu lhe dava uma sapatada."

O jogo: "Foi um jogo que ficou do nosso jeito depois da expulsão. Se previa difícil, mas com um a mais, acho que poderia ter sido resolvido na primeira parte. Deveríamos, com as oportunidades que criamos, virmos com o resultado mais gordo para o intervalo. Na segunda parte, com calma, com a nossa forma de atacar e defender, subimos o Veiga para o adversário não gostar do jogo. Foi uma vitória justa e facilitada pela expulsão."

Artur: "Já falei sobre alguns jogadores serem 50% ou 100%. 50% é o típico jogador brasileiro que é muito bom de bola, mas esquece das tarefas defensivas. Hoje, no futebol moderno, o talento só não ganha o jogo. Pode fazer gols, dribles, assistências, mas precisa ajudar a defender. Nas equipes do Guardiola, do Klopp, todos defendem. Não o ensinei nada [a Artur]. Tudo o que ele tem, nós estamos a trabalhar aqui tem dois meses. Só disse para jogar, conhece o clube, a casa, tem aquilo que nós gostamos: ataca, defende, cruza e faz gols. É isso que eu gosto de ver em um ponta. Felizmente, tenho que agradecer ao Barros e a Leila, que fizeram um esforço para contratarem um jogador que não há dúvidas para ninguém."

Futebol não é ciência: "A galera quer fazer do futebol uma ciência, mas futebol não é uma ciência exata. Futebol não é assim, tem vida própria, tem momentos que é aleatório, tem questões que eu não controle. Hoje, o jogo ficou muito favorável a nós porque houve uma expulsão, isso não estava no meu plano de jogo. É o que eu digo aos jogadores, não há nada e nem ninguém que nos impeça de darmos o nosso melhor e depois a gente aceita o resultado."

Citação a Guardiola: "O futebol é mágico. Nós perdemos uma vez na Libertadores ano passado e ficamos fora da final. Eu não faço julgamentos depois de um resultado acontecer, tenho que imaginar antes. Depois, para mim é fácil dizer que esse jogou bem, esse jogou mal, deveria ter feito isso... Eu não sou profeta do acontecido. Eu tenho que ver as coisas antes na minha cabeça e elas têm que fazer sentido para mim e depois eu aceito o resultado que for. É consequência do trabalho. Perguntaram ao Guardiola na quarta ou quinta vez que chegava na semifinal da Champions o que ele ia fazer. Ele disse que iam fazer as mesmas coisas que fizeram no passado e para ficarem calmos. Eles passaram."

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