John Kennedy vira chave após polêmicas, ganha confiança e busca vaga no Flu
O Fluminense pode garantir a classificação para as oitavas de final da Libertadores contra o The Strongest, na Bolívia, hoje (25). Para isso, o técnico Fernando Diniz não terá vários titulares, mas pode contar com um jovem formado na casa: John Kennedy. Sem Cano, poupado, o jogador deve ganhar nova chance.
Aos 21 anos ele tenta retomar um espaço que já foi considerado como favas contadas no Tricolor, mas que escorreu pelas mãos após algumas polêmicas. Em uma nova fase, John Kennedy espera fazer valer a confiança de Diniz.
Virada de chave
Depois de um 2022 conturbado, John Kennedy foi emprestado pelo Flu para a Ferroviária visando à disputa do Campeonato Paulista.
O centroavante foi vice-artilheiro e um dos destaques da competição. Ele marcou seis gols, mas não conseguiu evitar o rebaixamento no Paulistão.
O camisa 9 vive a temporada mais artilheira desde que subiu aos profissionais, em 2020. São 21 jogos e nove gols, sendo três pelo Flu. Ele também deu duas assistências.
Projeto pessoal
Internamente se fala que recuperar o atacante virou praticamente uma missão pessoal de Fernando Diniz e da diretoria.
Muito também se diz que o período em Araraquara ajudou o jogador a amadurecer. Ele mesmo se definiu como um "novo homem" durante uma live ao lado da esposa no Instagram.
"Realmente, eu que dei alguns moles, uns vacilos, estava com a cabeça meio virada. Mas regenerei, novo homem", disse.
Ainda no ano passado, Diniz teve várias tentativas de fazer John Kennedy "entrar na linha". Ele garantiu que faria o máximo que pudesse pelo atleta.
"A gente já perdeu muitos John Kennedys por aí e continua perdendo. Eu vou fazer de tudo para ajudá-lo para ele poder ter uma vida digna no futebol. Principalmente quando parar, para que ele viva daquilo que construiu no futebol. Essa é a minha intenção com ele", afirmou Diniz.
JK subiu em 2020, mas foi em 2021 que passou a ganhar mais oportunidades e até atuar e decidir clássicos.
Prova disso é que era apontado como presença certa no elenco principal do ano seguinte. Com Fred e Cano como opções, disputou a Copinha paga ganhar "rodagem", mas o restante do ano não foi como o projetado.
Venda frustrada
Em fevereiro deste ano, o Fluminense recebeu uma oferta do Chicago Fire, dos Estados Unidos, de US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões na época) por John Kennedy.
A venda, porém, não era consenso interno e acabou não acontecendo. Uma parte acreditava que o jovem ainda poderia dar retorno técnico e, desta forma, receber uma proposta maior. Outro grupo se preocupava com os problemas extra-campo.
Nessa corrente que acreditava que a venda seria o melhor caminho, o temor era que de ele voltasse a se envolver em polêmicas e com novos casos de indisciplina, e com isso o clube teria perdido uma boa oportunidade.
As polêmicas
Os problemas disciplinares marcaram a trajetória de John Kennedy no time profissional e na base. Atrasos em treinos, lesão em "pelada" com amigos, faltas em sessões de fisioterapia, discussão com treinador no Sub-23 e até problemas com outros jogadores do elenco estão entre as questões que precisaram ser superadas.
Ele chegou até a ter uma dura conversa com Paulo Angioni, diretor de futebol, após uma advertência para entender os objetivos pessoal e profissionalmente como atleta.
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