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Santos: Odair diz que não treina pênaltis pré-jogos e explica batedores

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

31/05/2023 22h54

Odair Hellmann lamentou a eliminação do Santos para o Bahia hoje (31), pela Copa do Brasil, nos pênaltis. Em entrevista coletiva, o treinador do Peixe afirmou que, por característica própria, não treina pênaltis no dia anterior aos jogos decisivos. Entretanto, ele garantiu que pede aos jogadores que pratiquem o fundamento.

Eu tenho por características não trabalhar pênaltis na semana dos jogos, no dia anterior. Eu sempre que termino os treinamentos peço que os jogadores treinem pênaltis. Intercalo porque em algum momento das competições vão entrar os pênaltis" Odair Hellmann

O que mais ele disse?

Escolha dos batedores: "Há batedores por natureza, jogadores que já batem o pênalti. O Lucas [Lima] é um batedor, sentiu o jogo e tivemos que fazer a substituição. No aspecto geral, você vai visualizando o treinamento, o histórico e aí vem o momento do jogo, a situação de um jogador estar com a perna mais pesada, estar sentindo uma dor e sem tanta confiança. Tem jogadores que não têm tanto esse hábito de bater pênalti nos treinamentos. A gente senta com os goleiros, com os jogadores, vai fazendo uma lista prévia macro e ela vai diminuindo, mas você não tem o controle total dela porque alguns, por exemplo, que poderiam bater, não conseguiram entrar ou não estavam mais no jogo. Por isso, a frase é exatamente essa, com as melhores condições físicas, técnicas, de confiança, aproveitamento de treino, de tudo, são os jogadores que bateram os pênaltis".

O jogo: "Estamos tristes, viemos aqui para classificar. O primeiro tempo foi truncado, um jogo de competição onde encaixamos bem a marcação, principalmente naquela construção inicial com os três zagueiros [do Bahia], pressionamos, não deixamos o time do Bahia ter a construção, mas no momento de recuperarmos essa posse, fazíamos um jogo de mais aproximação para criar as oportunidades de criação. Não conseguimos, o Bahia não conseguiu, então ficou um jogo truncado, competitivo e tático dos dois lados. O segundo tempo abriu um pouco mais porque é um jogo de mata-mata, também porque há um cansaço dos jogadores. O gol saiu de um lance pontual do lado do campo, onde estamos com o controle da bola e a gente perde e acontece o gol. Eu faço as mudanças, busco dar mais velocidade, dar mais jogo e isso de troca de passes para que conseguíssemos o empate. Acho que até não só pela nossa situação, mas também porque o Bahia abaixou um pouco a linha. Ficamos com a bola, criamos situações de cruzamento e escanteio, onde saiu o empate".

Dificuldade do Santos: "Não foi um jogo técnico e essa é a nossa dificuldade. Esse é o passo a mais que temos que dar para equilibrar a organização, a competição, a intensidade, a transição e a troca de passes e conexões para que possamos fazer essas finalizações e aumentar esse número. Essa é uma dificuldade que já detectamos e precisamos evoluir e melhorar".

Pressão: "A pressão é do futebol, dos resultados. Estamos oscilando em termos de resultados, fizemos uma retomada após o Campeonato Paulista, já mostramos que temos essa condição e temos que acreditar nela. É focar e concentrar nas competições que temos para retomar a vitória, a pontuação e buscar essa evolução nos aspectos que vão fazer com que a gente retome o equilíbrio, o padrão que vínhamos tendo e os resultados. O futebol é trabalho, amanhã é trabalhar concentrado nisso. Tínhamos dado passos nessa etapa de reconstrução e são passos doloridos e que vão ter que ser dados. É confiança no grupo e no trabalho".

Bruno Mezenga: "Está chateado, triste. Teve o auge de fazer o gol do empate, bateu o pênalti. Os batedores escolhidos foram os que estavam em melhor condição mental, física e técnica. Tínhamos alguns batedores que tinham saído, alguns que, talvez, poderiam ter batido se estivessem em campo. As substituições que foram feitas deram o volume que o time precisava naquele final para buscar o empate. Então, pênalti ninguém quer perder, é uma tristeza quando se perde, mas tem que retomar, olhar para frente e trabalhar. Vai fazer outros. Ele [Mezenga] é um batedor, um goleador, já fez e já deve ter perdido. Não gostaríamos que tivesse sido hoje, não só ele como todos. Não vamos direcionar só para um porque temos cinco batedores, tem o adversário. Certamente ele é um jogador de personalidade e vai bater novamente o pênalti".

Rodrigo Fernández: "Está triste como todos estão pela derrota. Perdemos todos, fomos desclassificados e a responsabilidade é de todos".

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