Sampaoli vê 'revanche' contra o Flu como impulso para futuro do Flamengo

O técnico Jorge Sampaoli comemorou a vitória e classificação do Flamengo sobre o Fluminense, hoje (1), na Copa do Brasil. Em entrevista coletiva, o treinador se disse feliz por fazer parte dessa 'revanche' e afirmou que o triunfo pode ser um impulso para o que vem pela frente.

Para mim é uma alegria ser parte dessa revanche do time por tudo o que se passou com o Fluminense no Campeonato Carioca e também pelo momento do Fluminense porque é uma equipe muito forte, que realmente merecia muita valorização e respeito. Contente, feliz porque passamos e no meio de uma troca de treinador, de forma de jogar, sistema de jogo. Então, valorizo muito a vitória de hoje" Jorge Sampaoli, técnico do Flamengo

O que mais ele disse?

Impulso para o que vem: "Cada jogo é diferente. Eu penso que este jogo nos dá um impulso ao que vem pela frente. Estamos longe de consolidar uma ideia pelo pouco tempo que temos aqui. Hoje, faltou um pouco de jogo, mas o time teve muita intensidade. Vamos ter que ser dominadores em muitos jogos com a bola desde a bola com os pés. É seguir trabalhando porque temos muitas coisas para fazer."

Relacionadas

Fla vence Flu com gols de Arrascaeta e Gabigol e avança na Copa do Brasil

Gabigol nega problema interno no Flamengo e confronta repórter da Globo

Copa do Brasil: veja times classificados e detalhes das quartas de final

Erros técnicos: "Sim [erros aconteceram]. Penso que o time teve um primeiro tempo de pouco relacionamento curto, quero que a equipe jogue com passes de cinco ou seis metros somente. A bola correu muito e isso também favoreceu a pressão do Fluminense. O time tem que evoluir muito ainda e está nesse processo. Vamos evoluir ganhando e consolidando. Já temos um clássico segunda-feira e depois Libertadores. Pensar em corrigir uma coisa que precisamos ou potencializar alguma ou muita coisa que o time fez hoje."

Mudança de postura no 2° tempo: "Até a lesão do Léo Pereira, Ayrton Lucas jogou de ponta esquerda, não de lateral. Tentamos gerar a profundidade com ele e isso se deu algumas vezes no primeiro tempo. Depois, quando entrou o Everton Ribeiro, transformamos a linha de defesa com quatro, com ele na posição natural de lateral. Cebolinha já entrou como ponta esquerda, tentando profundidade. Às vezes, quando um jogador joga com a perna trocada, perde profundidade e, para mim, esse jogo merecia muita profundidade."

Poucas substituições: "Penso que hoje o jogo, para nós, estava totalmente controlado. Então, fazer trocas é um momento de controle pensando em um desgaste. A verdade é que eu sempre penso no jogo. O jogo estava controlado e o Fluminense sem possibilidades de gols em quase todo o jogo. Então, obviamente, perdemos Léo por lesão, Gerson por esgotamento e depois a troca do Cebolinha nos dava uma alternativa tática. Sinceramente, eu irei recorrer às cinco mudanças [em situações] como fiz contra o Bahia, quando vi que a equipe estava totalmente superada. Aqui, penso que o time se superou o Fluminense em quase todas as facetas do jogo, então não pensei nas cinco trocas."

Como administrar três competições: "Temos que estar preparados. Penso no jogo do clássico e vou colocar o melhor que tenho para esse jogo. Depois, o Racing, mas não posso pensar no Racing sem antes pensar no Vasco. Penso que no clube que estou hoje, um dos maiores que tive na minha carreira, tenho que pensar em ganhar o próximo jogo. Por isso, minha mentalidade é colocar o melhor em cada jogo."

Como manter motivação dos jogadores: "O jogador deve saber que será julgado pelo jogo que vem e não pelo o que passou. Sempre o julgamento do futebol é pelo o que vem. O que passou, depois de hoje desaparece. Temos que pensar que amanhã é uma final. No futebol não há respiro, a torcida não tem paciência, então é nessa realidade que temos que estar preparados para essa exigência."

Sem garantias à torcida: "Eu não posso garantir nada à torcida. Tenho que trabalhar e tentar ser o que é o certo do futebol, ou seja, transmitir o que sinto ao time, tenho que exigir. Depois da partida do Fluminense, a equipe teve jogos muito abaixo em relação a aquele. Agora, é aprender isso e pensar que vamos ser julgados pelo próximo jogo e não por hoje."

Rodrigo Caio: "Voltou de uma lesão. David, Léo e Fabrício ganharam mais minutos e terá que esperar sua oportunidade."

Vazamento de escalações: "Isso é pouco controlável, sinceramente. É uma coisa do futebol, a notícia corre rápido, é muito difícil ocultar alguma coisa na atualidade, é quase impossível."