Diniz defende Fluminense durante má fase e explica ausência de Marcelo
Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)
02/06/2023 00h01
Apesar da eliminação para o Flamengo na Copa do Brasil, Fernando Diniz defendeu o Fluminense e viu a equipe fazendo um bom jogo hoje (1). Em entrevista coletiva, o treinador afirmou que não vai fazer uma 'caça às bruxas' e também falou sobre Marcelo.
O que ele disse?
Fase do Fluminense: "Não vamos fazer nenhuma caça às bruxas. Você acha que o time jogou mal contra o Corinthians? Jogou mal no segundo tempo? Eu achei que jogou bem os dois tempos. Se ver as chances, o Corinthians teve duas e acabou fazendo os dois gols. Perdemos um pouco de organização, mas não achei que jogou mal. Hoje, o time não jogou mal na minha opinião. O time jogou mal na primeira partida. Hoje, a gente fez praticamente o que o Flamengo tentou fazer e não conseguiu. Fomos dominantes na posse, faltou ter mais profundidade, criar chances de gol, mas também por conta da qualidade do adversário. Não vejo que o time jogou cinco partidas ruins sequencialmente. Aliás, jogamos muito pior contra o Cuiabá do que jogamos hoje e contra o Corinthians. E ganhamos o jogo."
Marcelo: "Ele ainda não estava se sentindo apto para jogar. Fomos cuidando dele durante esse tempo, ele tentou jogar contra o Corinthians, não estava confortável ainda e, na terça-feira, ainda não estava se sentindo bem e achamos, por bem, junto com ele, por não relacioná-lo para o jogo com o risco de ele ter uma lesão. Se ele tem uma lesão, o tempo para ele ficar afastado seria muito maior."
Final desorganizado: "Depois dos 30 minutos do segundo tempo, a partida virou muito, a gente expôs muito o time para buscarmos o empate, e o Flamengo se aproveitou por conta da qualidade do time e de alguns erros nossos. Poderia ter feito até mais gols, mas, na maior parte do jogo, o Fluminense fez uma boa partida considerando o adversário. No primeiro tempo, estivermos mais perto de abrir o marcador do que o Flamengo. Eles acabaram fazer um gol de bola parada. Voltamos melhor, tivemos chances iguais as deles de bola parada, mas não conseguimos aproveitar."
Do céu ao inferno?: "Infelizmente, as pessoas que militam no futebol e muita gente da imprensa, acham que eu vou do céu ao inferno. Eu não estava no céu e tão pouco estou no inferno [...] Estou como treinador, tenho quase 50 anos e estou no futebol tem 41. Esse tipo de pergunta de céu e inferno é algo que estou extremamente acostumado a responder e vou continuar a responder, até porque daqui a pouco o Fluminense vai voltar a subir, aí depois vai ter aquela exaltação, que não vai ter muito senso de realidade, como hoje não tem muito senso de realidade achar que está um inferno. Os resultados estão muito ruins, estamos há cinco jogos sem fazer gol, além de não vencer. Temos que achar o caminho do gol de novo e voltar a vencer jogos."
Queda de rendimento: "Ninguém quer que um time caia de produção, mas o time acaba caindo às vezes. Os bons times são aqueles que, quando caem, sabem subir. É o que eu espero do Fluminense, acho que voltamos a subir a produtividade [...] Temos que treinar, melhorar a equipe e conseguir repetir atuações que tivemos contra o Corinthians no primeiro tempo. Vamos seguir nessa trilha, não tem receita pronta."
Elenco curto e jogadores da base: "Acho que os jogadores da base vão produzindo nos treinamentos e, conforme for, eu vejo que eles podem contribuir. O elenco não está tão curto. Contratamos o Jorge e ele se machucou, teve o Vitor Mendes [afastado], já são dois... E o Marcelo. O cobertor fica mais curto. Eu não gosto de elenco longo mesmo, mas também já não tínhamos o Alexsander. Preparamos o Marcelo para hoje e ele não pôde jogar, se contar mais Jorge e Felipe Melo já são mais seis. Estamos tentando, mas é difícil contratar, temos que respeitar o limite da folha. Estávamos mais enxutos do que deveríamos, mas juntou todas as coisas do mundo em uma mesma circunstância que foi hoje. Mas o processo de amadurecimento dos jogadores da base é assim."
Busca por contratações: "Vamos com calma. Esse elenco é o mesmo que conquistou o Carioca e, até 15 dias atrás, estava sendo exaltado por todos. Não adianta acharmos que está tudo errado, até porque é o que a gente gosta de fazer, achar que está tudo errado quando acontece isso. Temos que ir com critério para contratar, até porque o Fluminense não tem dinheiro para pagar uma folha extremamente complicada. Temos que saber ir ao mercado para contratar com precisão."