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SPFC se salva nos pênaltis após blitz aérea, mas Dorival minimiza sustos

Do UOL, em São Paulo

02/06/2023 04h00

A bola parada, por pouco, não tirou o São Paulo da Copa do Brasil. A equipe de Dorival Júnior sofreu dois gols idênticos no 2° tempo da partida contra o Sport, viu a invencibilidade ruir ao perder por 3 a 1 e precisou dos pênaltis para seguir vivo no mata-mata.

Noite de sustos

O golaço de Michel Araújo parecia trazer uma noite tranquila ao são-paulino, mas a história não se confirmou. O resultado parcial de 3 a 0 no placar agregado resultou em um bombardeio aéreo dos pernambucanos, que marcaram três vezes em jogadas iniciadas em escanteios.

Os zagueiros Alisson Cassiano e Sabino foram os responsáveis pela virada. O primeiro aproveitou rebote em chute originado por uma bola espirrada, enquanto o segundo, em duas oportunidades, apareceu na pequena área em escanteios do mesmo lado e desviou para o fundo da meta defendida por Rafael.

O último gol do Sport enterrou de vez a sequência de 12 jogos do São Paulo — 11 sob comando de Dorival — sem derrotas. Para piorar, a sobrevivência na Copa do Brasil ficou decidida nos pênaltis diante de um Morumbi com quase 50 mil torcedores nas arquibancadas.

A eficiência dos cinco batedores e o reflexo de Rafael evitaram o vexame. Detalhe: o time tricolor treinou penalidades antes do confronto. Rato, Beraldo, Calleri, Rafinha e Pablo Maia converteram seus chutes e viram o goleiro defender a cobrança de Luciano Juba, finalizando a noite com um sentimento de alívio e com a classificação.

Rafael, do São Paulo, celebra pênalti defendido de Luciano Juba, do Sport - Ettore Chiereguini/AGIF - Ettore Chiereguini/AGIF
Rafael, do São Paulo, celebra pênalti defendido de Luciano Juba, do Sport
Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Dorival minimiza blitz e admite: time treinou pênaltis

Em entrevista coletiva, o técnico do São Paulo não se mostrou muito preocupado com a atuação de seu time — que, mesmo com a vantagem de 2 a 0 construída no jogo de ida, treinou pênaltis nos últimos dias.

Bola alçada na área assusta? "Você consegue um tipo de jogada assim em qualquer setor do campo, até mesmo com um zagueiro lançando e um atacante que tenha bom tempo de bola. Há grandes equipes que só jogam desta maneira, com ligações diretas e bolas alçadas. Me traria muita preocupação se o São Paulo tivesse sido atacado por dentro, com infiltrações e com o Rafael tendo que fazer milagres. [...] Mas não sofremos porque fomos atacados. Isso não aconteceu."

Jogada x jogo. "Prefiro acreditar que o futebol é jogado, ainda que eu respeite. Mas não encontro só caminhos pela lateral do campo. Para mim, tem muito mais valor uma jogada como a que fizemos hoje: por dentro, trabalhada, individual... é nisso que vamos nos bater muito. O São Paulo tem feito muitos gols de combinações e isso me deixa muito satisfeito. Foram duas jogadas semelhantes que vamos corrigir."

Arboleda chamado para conter cruzamentos. "Não tínhamos o Arboleda porque ele apresentou uma insegurança [física]. O Diego Costa foi bem, não estava mal e errou apenas um lance. Tive que tirá-lo quando percebi que o Enderson [técnico do Sport] estava colocando mais um jogador com altura dentro da nossa área."

Time treinou pênaltis? "Trabalhamos [as cobranças] principalmente anteontem e ontem. O jogador tem que ser alertado porque tudo pode acontecer. No futebol, você se prepara para todas as situações. Fomos felizes e tivemos tranquilidade. A equipe do Sport também bateu muito bem e teve apenas um erro com uma ótima defesa. Disse aos jogadores para que fizessem tudo aquilo que treinaram porque acreditava muito que o Rafael pegaria, no mínimo, duas bolas. Ele foi feliz em uma delas, e isso foi suficiente."

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