Luxa explica ausência de Bidu, cita 'jogo ruim' e isenta Daronco em pênalti

O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, explicou a ausência de Matheus Bidu na derrota dos paulistas para o América-MG, hoje, em jogo do Campeonato Brasileiro. Ele também isentou o árbitro Anderson Daronco pelo pênalti marcado contra sua equipe.

Bidu fora e Renato só no 2° tempo. "Eu tirei o Bidu porque ele teve um desconforto no adutor. É uma lesão antiga, ele tem uma fibrose ali. Ele estava tranquilo para jogar, mas optei [por sacá-lo] porque, com uma lesão agora, você perde o jogador por cinco ou seis semanas. [...] O Renato também ficou fora: ele entrou no jogo passado porque era só uma chance de passar para a fase seguinte. [...] O Renato, que iniciou jogando contra o Atlético, não foi o mesmo Renato que entrou hoje. A gente sabe disso, mas eu tinha que usar tudo para tentar ganhar o jogo. É evitar também uma sobrecarga."

Raio-x do jogo. "O jogo foi ruim. As duas equipes sairiam com gols de pênaltis ou faltas, como aconteceu para eles o pênalti. Temos um dia para descansar para eles ficarem com a família antes de projetar o jogo seguinte [contra o Del Valle]. É preciso dar mais sequência. Hoje mantive os três zagueiros e sabia que teríamos uma queda, é normal. Você vem de porrada, aí dá uma crescida, faz um grande jogo com uma vaga que ninguém acreditava e depois tem uma [queda]. Tentei jogar para cima para eles entrarem motivados, mas a parte mental se desgastou de maneira muito forte.

Relacionadas

Brasileirão: atacante tromba com goleiro e deixa campo de ambulância; veja

Líder do Brasileiro, Botafogo está no Z4 entre as rendas; Palmeiras lidera

Foi pênalti para o América-MG? "Infelizmente, o pênalti saiu contra nós e decidiu o jogo. Faz parte. Hoje em dia qualquer bola [chutada] com a mão aberta é pênalti, então o árbitro não é o culpado."

América-MG reativo. "Essa coisa de proativo e reativo é muito difícil porque vocês querem analisar o proativo como o time ganha o jogo, aí você com 35% de posse, faz dois gols e ganha o jogo. O futebol é vertical, você tem duas balizas, uma aqui e uma ali. Tem que ser vertical. Lembro de uma partida entre Barcelona e Bayern em uma Champions. O Barcelona ficava muito com a posse de bola e perdeu de quatro porque o Bayern foi vertical. As pessoas esquecem que tem que fazer o gol.

Corinthians sem vencer fora de casa. "A gente vai ter que quebrar isso também, estamos quebrando uma porção de barreiras. A defesa era ruim, aí não tomamos gol, depois conquistamos grandes vitórias... A única coisa que tenho que analisar é que o Brasileiro é perigoso. É começar a somar pontos e sair da zona de desconforto para ficar para cima e ter gordura para queimar, por isso mantive a equipe hoje. Preciso ganhar e fazer ponto. Sacrifiquei os jogadores, que vieram de um jogo duro, e isso fez com que eles tivessem a parte mental desgastada. Sabia que ia ser dessa forma, mas mantive porque preciso ganhar. Aí, veio uma bola parada e decidiu. Estamos no caminho certo, mas tem que dar uma gordura para cima. Se ganhássemos hoje, a pergunta seria se a gente olha para a Libertadores. Não me assusto com isso."

Estratégia do América-MG. "Não quero entrar no mérito do que cada técnico faz. Perdi para o América, como já perdi e também ganhei do Atlético. O América jogou bem fechado e tentou adiantar um pouco a marcação na bola parada. Quando tentou marcar em cima, saímos por trás com três zagueiros. Era um jogo que imaginava que ia acontecer como aconteceu, era um pênalti, uma bola espirrada, uma jogada individual... foi um jogo truncado, meio amarrado e as equipes tinham feito um esforço muito grande em outra competição."

Balanço após dez jogos. "No Brasileirão, cada jogo é uma decisão, mas temos competições paralelas. Temos que ter calma. Meu contrato é até o final do ano. Tenho a obrigação, no Corinthians, de fazer um Campeonato Brasileiro, uma Libertadores e uma Copa do Brasil muito boa."