Odair nega saída do Santos após novo tropeço: 'Me sinto respaldado'
O técnico Odair Hellmann, do Santos, disse que se sente "respaldado" no cargo após a derrota da equipe para o Newell's Old Boys, em jogo que praticamente selou a eliminação santista da Sul-Americana.
Continuidade no cargo. "Me sinto respaldado, sou treinador do Santos e amanhã me apresento para trabalhar e encontrar soluções. Acredito nisso, me concentro nisso e confio no trabalho. Respeito hierarquia, mas trabalharei amanhã de tarde em busca de resultados para termos calma, tranquilidade e fazer essa retomada."
Derrota de hoje. "Sofremos gol de bola parada, em um detalhe do futebol, aí todo contexto de dificuldade aumentou para o 2° tempo. Conversei com a equipe [no intervalo] e montamos movimentos para voltar com os mesmos jogadores. Oportunizei todos, o Luiz Felipe foi o último. Mantive no intervalo para ver a resposta da equipe e depois fiz a variação tática".
O que falta? "Precisamos evoluir na capacidade de finalização. Temos nos organizado em pressão alta, recuperando posse bem, mas perdendo [a bola] na sequência e finalizando pouco. Finalizamos 17 vezes no último jogo, mas poucas no gol. Se analisar bem, eu parei para pensar os outros também. Primeiro a nós, mas os outros também. Não trago estatísticas para debater ou contrariar. Concordo que temos que evoluir ofensivamente, com mais calma na parte ofensiva, porque assim não há suspiro para organizar e defender. Mas nessa rodada, todos praticamente não finalizaram, como Fluminense, Athletico, Grêmio..."
Próximos jogos. "Nesses dois dias, é difícil mudar o contexto, são dois dias de, principalmente, recuperação. Tivemos uma sequência pesadíssima. Essa sequência foi um dos fatores para oscilarmos e perdermos um pouco da intensidade. Agora, é primeiro recuperar fisicamente, ver quem está preparado, pensar estratégia. A gente fala muito do lado mental e psicológico, somos profissionais e fortes por natureza, temos que ser. Porque no futebol, a gente aprende a tomar pancada desde pequenininho. No futebol, a maioria mais perde do que ganha, cada um tem uma história nesse contexto."
Parte emocional afeta a todos? "Temos jovens jogadores que sentiram e se emocionaram contra o Bahia. Eles estão em processo de maturação, mas esse [João Paulo] é experiente, maduro e vai ajudar a comissão com transparência. Não é psicologia que vai resolver, é o nosso trabalho, resolver os erros, trabalhar os detalhes. Mas força a gente tem, a gente apanha muito no futebol e se cria casca. Não tem dois caminhos amanhã, tem só um: vir para o CT, trabalhar, retomar e sangrar, suar o máximo possível dentro de tática, técnica e física para conseguir o resultado. No futebol, não se avalia o não resultado: o vencedor é bom e perdedor é ruim. Hoje somos os ruins e temos que entender a revolta do torcedor. Não adianta ficar 'revoltadinho' ou 'tristinho'. Estamos revoltados e tristes, sim, mas amanhã vamos levantar, cabeça para frente e olhar no olho de cada um. Se o que fizemos não foi suficiente até agora, temos capacidade de dar mais."
Trabalho além das quatro linhas. "Vou trabalhar o lado psicológico dos jogadores: parte tática, técnica, física e psicológica. O mental não é minha área, entra no contexto do treinador e é mais específica. Ajudo na energia e motivação. O processo é focar no que podemos melhorar com esse tempo. Hoje, sentimos não só o aspecto de não conseguir vitórias anteriores em um ambiente mais propício. Se vencêssemos no domingo, ambiente seria melhor."
Oscilação. "Alcançamos performance depois do Campeonato Paulista e merecemos algumas vitórias que não vieram. Jogamos mal contra o Bragantino e a derrota entra no mesmo contexto. Isso se torna mais dificultoso, essa busca por regularidade retomada. Fizemos isso até o último instante hoje, num jogo atípico e diferente."
Urgência por resultados. "É possível [melhorar]. Eu acredito. Com trabalho, faremos retomada de resultado. Precisa ser o mais rápido possível para gerar confiança. Esse ambiente, essa pressão... tudo isso entrou no campo de jogo hoje e fez diferença contra nós."
Poder do Newell's. O adversário veio classificado e jogou com leveza. Não jogou assim na Argentina e merecemos a vitória lá. É acreditar no treinamento, recuperação, comportamentos e melhorar. Não foi suficiente, temos que melhorar. O ambiente continuaria difícil sem vitórias e tudo é muito prejudicial nessa retomada. Vamos retomar."
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