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Como Guerrero, do Racing, representou 'virada de chave' do Fla no mercado

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/06/2023 04h00

Na briga pela liderança do Grupo A da Libertadores, um velho conhecido do Flamengo reencontra o Maracanã pelo Racing. Jogador do Rubro-Negro entre 2015 e 2018, Paolo Guerrero foi uma das contratações de maior impacto ainda no período de reestruturação do clube.

Surpresa

Ídolo no Corinthians, Guerrero dizia que não atuaria em nenhuma outra equipe no Brasil, mas fechou com o Flamengo em 2015.

Na época, o presidente Eduardo Bandeira de Mello afirmou que a contratação foi viabilizada com o apoio dos patrocinadores. O custo total da contratação foi de aproximadamente R$ 41 milhões.

Guerrero foi o primeiro grande nome anunciado pelo Fla na gestão anterior, que marcou a mudança de rumos financeiros do clube. Diego Ribas, outro símbolo do período, chegou em 2016.

Em campo, o peruano fez 43 gols em 112 jogos e conquistou somente o Campeonato Carioca em 2017. No mesmo ano, foi vice da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana.

Em entrevista ao LANCE! em 2018, Bandeira afirmou que a contratação mais emblemática da gestão dele foi a de Guerrero.

"A mais emblemática, que sinalizou a mudança de condição do clube foi a do Paolo Guerrero, que ninguém acreditava. Tanto é que negociamos durante um tempão e não vazou porque ninguém acreditava que o Flamengo seria capaz de pegar o jogador mais caro do futebol brasileiro naquele momento e contratar."

Vasco

Se Gabigol e Pedro costumam decidir em clássicos, Guerrero ficou marcado por não ter feito gols no Vasco.

A rivalidade ficou ainda mais aguçada quando em 2015, antes do duelo pelas oitavas de final da Copa do Brasil, o peruano disse que queria "passar por cima do Vasco". O Cruz-Maltino acabou avançando.

Em outra oportunidade, disse que o Flamengo era "sempre favorito contra o Vasco".

Outros momentos marcantes foram os duelos particulares com o ex-zagueiro vascaíno Rodrigo, com muita provocação e clima quente em campo.

Doping

Em novembro de 2017, Guerrero recebeu uma punição por doping durante as Eliminatória da Copa do Mundo. Na época, o exame apontou a presença de benzoilecgonina, principal metabólico da cocaína, na urina do jogador. Em sua defesa, o atacante alegou contaminação em um chá que tomou antes do jogo.

Suspenso pela Fifa e depois pelo TAS, Guerrero voltou aos gramados, mas depois da Copa do Mundo de 2018 não entrou em acordo pela renovação de contrato. Terminava, assim, a história entre jogador e clube.

O centroavante se transferiu para o Internacional. Ele ficou em Porto Alegre até 2021. Em 2022, jogou pelo Avaí e neste ano chegou ao Racing.

Desde que deixou o Flamengo, Guerrero teve seis encontros com o time, sendo o último deles na Argentina pelo Racing, no empate por 1 a 1.

Em baixa

Guerrero foi titular em três dos quatro jogos do Racing na Libertadores.

O centroavante não vive bom momento no clube e está fisicamente abaixo. Ele não faz gol desde o dia 5 de abril, quando balançou a rede e deu uma assistência diante do Ñublense.

São três gols marcados em 18 partidas.

O Racing é o líder do Grupo A, com 10 pontos. O Flamengo está em segundo, com cinco. Ñublense tem quatro e o Aucas fez três.

A partida acontece hoje (8) no Maracanã às 21h (de Brasília).