Topo

São Paulo

Dorival se diz feliz por ter nome ligado à seleção, mas nega contato da CBF

Dorival Júnior, técnico do São Paulo, em partida contra o Tolima, pela Copa Sul-Americana - Alexandre Schneider/Getty Images
Dorival Júnior, técnico do São Paulo, em partida contra o Tolima, pela Copa Sul-Americana Imagem: Alexandre Schneider/Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

08/06/2023 22h08

O técnico Dorival Júnior negou que tenha recebido qualquer contato da CBF para ser o novo treinador da seleção brasileira. Em entrevista coletiva hoje (8), após a vitória do São Paulo sobre o Tolima na Copa Sul-Americana, o comandante do Tricolor disse que apenas fica feliz por ter seu nome ligado a um cargo importante no futebol.

Possibilidade de treinar a seleção: "Tive o nome vinculado apenas. Não teve um contato, eu sempre deixei minha vida nas mãos de Deus. O que for para acontecer de melhor, que aconteça. Nunca forcei nenhuma situação, nunca fiz um esboço do que seria daqui um ano, dois ou três. Nunca preparei uma situação como essa. Muitos falam que o planejamento é fundamental na vida de todo mundo, eu nunca fiz isso, sempre deixei as coisas acontecerem, sempre tive a confiança de que Deus me colocaria nos locais e nos momentos certos na minha vida e na carreira. Não vai ser diferente nesse momento. Caso tenha que acontecer alguma coisa lá na frente, será por merecimento. Torço para que o presidente tenha a tranquilidade de escolher o melhor nome possível para a seleção."

Feliz por ter nome ligado à seleção: "Fico apenas muito feliz de estar sendo lembrado em uma situação como essa de poder um dia, quem sabe, defender a seleção nacional. Para o profissional, isso aí não tem preço."

Brasileiro no comando: "Nunca deixei de falar que gostaria que continuássemos a ter um profissional brasileiro, porque vejo muitos profissionais dentro do nosso país capacitados para servirem à seleção. A minha torcida sempre será nesse sentido, mas que tenham tranquilidade para escolherem o melhor nome."

Como seria a conversa com o São Paulo: "É muito difícil para um profissional falar qualquer coisa. Eu estaria sendo leviano se falasse. Apenas falei que fiquei feliz de ter o meu nome lembrado em um momento de definição de um técnico para a seleção. Falar sobre hipóteses, possibilidades é muito difícil. Eu não aventei nada com a diretoria do São Paulo porque não tive nenhuma procurar, assim como não havia tido quando estava no Flamengo. Muitos falaram que a minha saída do Flamengo deveu-se, principalmente, a essa possibilidade de seleção. Nunca aconteceu isso, nunca tive nenhum contato com a diretoria da CBF."

São Paulo na Sul-Americana: "Um resultado importante, nos dá essa possibilidade desde que façamos a nossa parte [contra o Tigre]. Vamos fazer um jogo normal na sequência, um jogo com a intensidade que buscaríamos se estivéssemos com uma necessidade diferente, não podemos mudar nosso comportamento em razão de termos uma vantagem. Ela é importante, mas não é definitiva. Em razão disso, sempre temos que ter tranquilidade e equilíbrio, assim como vem sendo, entrando em cada partida e cada rodada tentando fazer o nosso melhor, montando a melhor equipe possível, falo de maneira clínica e fisicamente para que nós tenhamos sempre os jogadores recuperados e reestabelecidos em campo, buscando fazer o seu melhor."

Resultados positivos em geral: "Esse vem sendo o nosso objetivo desde a minha chegada aqui. Temos trabalhado muito em cada rodada em razão de alterações de alguns nomes, posicionamentos, inclusive mudando o padrão da forma da equipe jogar. Acho que isso tem sido importante. Espero que mantenhamos isso. Será mais uma fase, um momento de uma competição que, para nós, é muito importante e que espero que façamos a melhor campanha possível para que levemos essa vantagem."

Caio Paulista: "O Caio é um jogador que vem se destacando muito no time, mas principalmente pela mudança de comportamento dele, quando ele passou a dar uma atenção ainda maior ao seu posicionamento defensivo, a recomposição... Ele passou a ter muito mais atenção em tudo e em todos esses pequenos detalhes. Cresceu demais, tem potencial ainda para desenvolver, está sendo um dos destaques do campeonato nessa função e fico feliz que ele esteja vivenciando um momento como esse. Que seja um destaque ao final dessa competição."

Pato: "Temos que dar tempo ao tempo para o Alexandre [Pato]. Eu falei que não criassem uma expectativa e não vou mudar minha posição. Temos que ter muita tranquilidade em relação a situação dele. Ainda não é o momento de começarmos a pensar, estamos vendo primeiro uma evolução na condição dele, nesse contato com bola, no dia a dia, essa integração que é necessária, que ele perca o receio de uma finta, de uma jogada individual, de um arranque mais forte... Tudo isso aí é o processo que é moroso às vezes e é condicionante ao mesmo tempo. De repente, em 10 ou 15 dias ele muda completamente e é isso que estamos aguardando para que, aí sim, comecemos a definir uma possibilidade para que encontremos uma situação, em que no momento em que ele esteja recuperado, comece a definir uma condição de disputa dentro da nossa equipe. Tudo vai acontecer no seu tempo e na hora certa, não podemos nos precipitar."

Clássico com Palmeiras: "É uma das equipes mais regulares dos últimos anos no futebol brasileiro, muito difícil de se jogar contra. Não tenho dúvidas de que, pelo momento que o São Paulo vem vivendo, ainda precisamos de alguns ajustes, esses que o Palmeiras não necessita nesse instante. Existe uma diferença, temos que reconhecer, mas isso não quer dizer que não exista a possibilidade de surpreendermos e fazermos esses três jogos com bons resultados. Tudo é questão de trabalho, entrega, dedicação e comprometimento de um grupo que é muito interessado e que está evoluindo."

São Paulo