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Palmeiras: Como é assistir ao jogo onde o ingresso custa mais de R$ 1.000

Do UOL, em São Paulo (SP)

10/06/2023 04h00

Da comida refinada em ambiente aconchegante até a visão panorâmica com todo o conforto e requinte de luxo. Quando se fala desta forma, não parece que estamos em um estádio de futebol famoso pela festa nas arquibancadas.

No Allianz Parque, o UOL conheceu dois setores da arena que possuem as entradas mais caras para o torcedor. Durante o duelo entre Palmeiras e Barcelona de Guayaquil (EQU), a reportagem esteve em dois locais onde os ingressos custam mais de mil reais: o restaurante Braza e o Parque Mirante, no rooftop. Confira os detalhes da experiência 'open food e drink' em cada um deles.

Braza

A alta gastronomia em um ambiente à meia-luz encontra o fanatismo das arquibancadas logo abaixo. De dentro do restaurante Braza, quase não é possível notar que a 'sacada' do local tem vista para um campo de futebol onde ocorre uma partida relevante.

Na chegada, uma hostess te acompanha até sua mesa reservada — no dia, todas as mesas estavam cheias. Duas horas antes da partida já é possível adentrar o local e comer as entradas servidas: pizza, hambúrguer, uma espécie de sanduíche de pernil e outras opções.

Balcão do Braza - Eder Traskini/UOL - Eder Traskini/UOL
Bancada do restaurante Braza, dentro do Allianz Parque
Imagem: Eder Traskini/UOL

Quando restam 30 minutos para a partida e do lado de fora a torcida começa a cantar a escalação do Palmeiras, o primeiro prato principal da noite é servido: sholder defumado, batatonese e vinagrete.

Em suas mesas, a maioria das pessoas só se dirige à sacada para assistir ao jogo no momento do apito inicial. E não são todas. Durante a partida, uma mesa continuou sentada com o prato principal e entradas até os 13 minutos do primeiro tempo. Durante toda a primeira etapa, uma dupla de homens de meia idade continuou sentada ao balcão com uma tábua de hambúrgueres; do local, não era possível assistir ao duelo.

Sacada do Braza - Eder Traskini/UOL - Eder Traskini/UOL
Sacada do restaurante Braza para o campo do Allianz Parque
Imagem: Eder Traskini/UOL

A mesma tábua com os sanduíches também era de fácil acesso para quem estava nas poltronas na sacada vendo a partida. Garçons saíam a todo momento da cozinha com hambúrgueres e bebidas para servir do lado de fora. Mesmo em um primeiro tempo ruim, com 2 a 0 contra no placar, o palmeirense pôde engolir a derrota parcial com boa comida.

No intervalo, em questão de segundos as mesas já estavam novamente cheias e o segundo prato principal da noite era servido: rigatone mc cheese. O ambiente não denunciava o resultado parcial. Lamúrias, se é que existiam, se limitavam à mesa e não eram ouvidas sobre o som ambiente que inundou o restaurante assim que o apito final foi soado. Novamente, era difícil notar que se estava em um estádio de futebol.

O terceiro prato principal foi servido após o jogo: arroz caldoso de polvo; além de duas opções de sobremesa. O encerramento de uma experiência totalmente familiar e luxuosa se deu uma hora após o jogo.

Cardápio do Braza - Eder Traskini/UOL - Eder Traskini/UOL
Cardápio do restaurante Braza, dentro do Allianz Parque, em um dia de jogo
Imagem: Eder Traskini/UOL

Parque Mirante

Se no Braza é fácil esquecer que se está em um estádio de futebol, no Parque Mirante é simplesmente impossível. No lugar do espaço fechado, aconchegante e à meia-luz, o espaço no rooftop do Allianz Parque pulsa tanto quanto uma arquibancada.

Localizado no topo do estádio, acima do local onde fica a principal torcida organizada do Palmeiras, o Parque Mirante conta com uma acústica alucinante por ser tão próximo à cobertura.

Confortáveis poltronas no estilo de arquibancadas comportam 108 pessoas que cantam e vibram. Uma escada acima dessa posição, camarotes com cadeiras luxuosas completam a capacidade de 164 pessoas: nem mais, nem menos. A ideia é não superlotar para que a experiência seja exclusiva.

E isso seria bastante possível: o espaço recuado do campo, que fica em cima do edifício garagem, possui um salão de pé direito majestosamente alto — um espaço para eventos independentes dos jogos do Palmeiras com capacidade para até 2,5 mil pessoas.

O local é tão grande que ainda conta com área externa no rooftop para fumantes e espaço kids. O banheiro, por exemplo, possui cerca de 15 cabines. São dois bares no local e garçons também atendem nas mesas com comidas e bebidas. No dia, o cardápio era típico junino, mas em outras oportunidades passa por frios, massas e risotos.

Camarote do Parque Mirante - Eder Traskini/UOL - Eder Traskini/UOL
Camarote do Parque Mirante, no Allianz Parque
Imagem: Eder Traskini/UOL

Após o apito final, o Allianz Parque ficou vazio em poucos minutos, mas a festa só estava começando no Parque Mirante após uma empolgante virada em campo. Baldes com gelo e cerveja — com álcool, que é liberada após o fim do jogo — são rapidamente distribuídos nos camarotes e no balcão do bar. Outras bebidas destiladas também fazem parte do pacote para quem acompanha o jogo dali.

A festa de pós-jogo no Parque Miranda vai até duas horas depois da partida. Na primeira hora, nenhum palmeirense arredou o pé do local, brindando a vitória na Libertadores. O espaço tem seu luxo em uma pegada diferente do Braza e é muito mais indicado a um torcedor palmeirense que quer vivenciar a partida para além da experiência gastronômica.

Valores

Para assistir a um jogo no Parque Mirante, o torcedor desembolsa cerca de R$ 1.500. Já se a escolha for o Braza ou o La Coppa — localizado ao lado do restaurante — os valores ficam entre R$ 850 e R$ 1.100.

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