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Dorival evita apontar Arboleda como vilão em derrota: 'Erros são coletivos'

Do UOL, em Santos (SP)

11/06/2023 19h20Atualizada em 12/06/2023 08h44

O técnico Dorival Júnior falou em entrevista coletiva após a derrota do São Paulo por 2 a 0 para o Palmeiras neste domingo, no Morumbi, pela 10ª rodada do Brasileirão.

Análise do clássico. Foi uma pena como aconteceu o resultado. O São Paulo fez coisas muito boas na partida, tudo isso acontece e não conseguimos o resultado, sendo penalizados e subavaliados por tudo que produzimos.

Erros de Arboleda. "Acontecem em momento individual, mas passam pelo erro coletivo, por isso que o Arboleda foi importantíssimo em vários momentos, neutralizando ataques nos últimos anos, e nunca saiu totalmente reconhecido ou enaltecido. Não é nesse momento que vamos dirigir todos os tiros em cima de um profissional como esse, pelo contrário.

Prévia do duelo com o Palmeiras na Copa do Brasil. Tenho a consciência que o time está no caminho, crescendo, adquirindo confiança. Foi uma atuação muito importante e teremos desdobramentos positivos nos jogos que darão uma vaga na Copa do Brasil.

Arbitragem e discussão entre Abel Ferreira e Calleri. "Não vou falar de arbitragem, pode fazer outra pergunta se preferir".

Veja a entrevista de Dorival Júnior na íntegra

Erros do Arboleda e volume de jogo do São Paulo no segundo tempo

"Eu acho que o erro no futebol, os erros, são coletivos. Acontecem em momento individual, mas passam pelo erro coletivo, por isso que o Arboleda foi importantíssimo em vários momentos, neutralizando ataques nos últimos anos, e nunca saiu totalmente reconhecido ou enaltecido. Não é nesse momento que vamos dirigir todos os tiros em cima de um profissional como esse, pelo contrário. Não podemos negar os erros que aconteceram, mas vamos trabalhar para não acontecerem mais. Se fossem pelo lado do Palmeiras, nós teríamos tido sucesso e aproveitamento. O Palmeiras foi feliz nos dois momentos, com dois belos chutes, e definiram a sorte da partida. O São Paulo procurou o gol sempre, tentando criar por fora e por dentro com n jogadas. O Palmeiras foi muito consistente, com defesa sólida, e se deu bem. Estou aqui há 45 dias mais ou menos e jogamos 14ª ou 15ª quinta partida com três derrotas. Não saí de nenhuma delas com sensação totalmente negativa. Lamentando as derrotas, sim, mas visualizando situações positivas produzidas e melhorando a cada momento. Não fomos competentes em definições hoje, mas fizemos um jogo dentro das nossas características do primeiro ao último momento. Isso compensa o profissional pelo que viu contra uma equipe difícil como o Palmeiras".

O que se tira do clássico de hoje antes dos confrontos da Copa do Brasil?

"Todas as equipes procurarão fazer o seu melhor. Estamos imaginando uma possibilidade que não tivemos até agora nesses 10 dias. Sobre o mata-mata, temos que ter calma e equilíbrio, assim como seria numa vitória nossa. Foi jogo interessante, o São Paulo fazendo o que se propôs em todos os momentos, mesmo em placar adverso, sem fugir às suas características, criando com bola no chão e envolvendo a última linha adversária. Foi uma pena como aconteceu o resultado. O São Paulo fez coisas muito boas na partida, tudo isso acontece e não conseguimos o resultado, sendo penalizados e subavaliados por tudo que produzimos. Tenho a consciência que o time está no caminho, crescendo, adquirindo confiança. Foi uma atuação muito importante e teremos desdobramentos positivos nos jogos que darão uma vaga na Copa do Brasil. Não tenho dúvidas de falar que o São Paulo fará dois jogos consistentes e seguros pelo que foi mostrado hoje, cada partida com uma história e não tenho receio que não apresentaremos a qualidade de hoje, mas talvez com mais eficiência, dinamismo e qualidade".

Cartão para Abel na discussão com Calleri

"Não vou falar de arbitragem".

Treinos x descanso nos 10 dias

"No nosso caso, vai ser mais trabalho. Pelo menos oito dias para aproveitar ao máximo, já que não tive esse tempo. Não adianta falar que não tem tempo de treinamentos e aí ganhamos semana livre e abre-se mão de possibilidade? Aí alguma coisa errada está acontecendo. Vamos aproveitar e não perder o bom momento que independe do resultado de hoje".

Erros individuais sucessivos

"Todo gol que sai tem falha, em algum setor ou momento, talvez não tão gritante e decisivo, mas acontece, que proporciona possibilidade do gol. É um fato e temos que conviver e entender. Não é normal pelo que se apresenta, com crescimento grande no sistema defensivo. Passamos 60 ou 70% dos jogos sem levar gol e é importante, agora erros aconteceram e não podem ser normais, mas fazem parte. Levamos dois gols de escanteios seguidos, com bolas rápidas à meia altura. São situações que às vezes fogem do controle de qualquer equipe, mesmo nas equipes bem treinadas. Temos que ter cuidado e trabalhar o máximo possível para não repetir os mesmos erros".

Palmeiras joga no erro do adversário?

"Não estávamos pressionados no primeiro gol, no segundo era três contra um, foi uma jogada infeliz. Jogamos com naturalidade, criamos e não fomos felizes nas finalizações. Maneira do Palmeiras é um pouco diferente da maneira do São Paulo".

Reforços

"Mesmo se tivesse carência efetiva, jamais comentaria. Tenho grupo de trabalho nas mãos para tirar o máximo de cada um deles, contando com todos a todo momento. É uma obrigação profissional nossa. Jamais vou abordar sobre contratações, fui contratado para trabalhar com a equipe do São Paulo me dê. Temos várias reuniões com diretorias, mas torço para o São Paulo não perder jogadores, que não venda jogadores. Seria diferencial para o São Paulo se fortalecer e, talvez, brigue por conquistas. Não faço questão que cheguem, mas faço questão que não saiam e gostaria de ser respeitado isso. Para que a equipe tenha padrão. E preciso de elenco definido, sem perder jogadores no meio de competições. Seria terrível para uma equipe que está buscando estruturação".

Rodrigo Nestor

"Nestor ficou 18 dias parado nesse intervalo todo, entrou 30 minutos previsíveis, falei com ele para trabalhar nesse tempo e que iniciaria contra o Palmeiras a depender da reação. Não foi como esperávamos, entendeu e ganhou mais tempo de trabalho. Chamei hoje de manhã e conversei nesse sentido com ele. Cheguei à conclusão que o ideal seria colocá-lo como foi, suportou bem os 45 e é natural que recupere a melhor condição nessa parada. Não saiu jogando por causa da recuperação, um pouco alongada pelo que sentiu há 20 dias".

Desfalques

"Eu acredito que nenhum [volte depois da pausa]. Estão na transição. Talvez, ao final da semana que vem, tenhamos alguma possibilidade, mas nada real e prefiro aguardar, sem pressionar ninguém. Que venham a campo com o melhor das condições".

Dificuldade no um contra um

"É individualidade, o camarada tem ou não tem. Artur e Dudu têm um contra um, diferentes um pouco do Rony, com bolas mais alongadas. Não temos essa característica, era o Pedrinho que acabou nos deixando. O São Paulo não tem esse tipo de jogadores, temos outros perfis. Por isso o São Paulo joga com aproximação, sem metidas de bola de fundo. Temos finalizador nato, que é o Calleri, e apenas um. Por isso temos que jogar com aproximação, passes, infiltrações e tem dado certo, raros são os jogos que não fizemos gols".

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