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Ex-Grêmio relata briga no Flu com taco de sinuca e diz que foi dispensado

Matheus Henrique, volante do Sassuolo, em entrevista ao Podpah - Reprodução
Matheus Henrique, volante do Sassuolo, em entrevista ao Podpah Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)

14/06/2023 20h50

Matheus Henrique, hoje no Sassuolo, lembrou seu período de testes nas categorias de base do Fluminense em participação no podcast "Podpah". O volante, segundo ele próprio, estava praticamente aprovado no time quando acabou expulso ao se envolver em uma confusão no alojamento do clube.

O que ele disse?

Chegada ao Fluminense: "Era 2013 e o Fluminense estava muito bem e a base muito forte. Naquela época, era só eu e minha família, mas aí apareceram um monte de caras [empresários]. Escolhemos um e ele me mandou para o Fluminense como teste, em Xerém. Fui para Xerém, fiquei três meses lá [em avaliação] e estava praticamente aprovado. Eu não queria ficar, não sei o motivo. Meu sonho era sempre chegar em um nível daquele, mas eu acho que por eu já estar com 15 anos, queria estar em São Paulo, com meus amigos, família... Eu preferia estar em São Paulo".

Briga: "Teve um dia que estávamos lá no alojamento e tinha um salão de jogos com sinuca, pebolim, PlayStation... Tínhamos jantado e eu e os moleques de teste fomos brincar na sinuca e chegaram uns moleques do grupo [do Fluminense], sei até quem é, mas não vou falar. Chegaram lá, cariocas naquela marra deles: 'vai teste, passa o taco'. Aí nós respondemos: 'calma, estamos brincando aqui, espera acabar'. Normal, como em qualquer outro lugar. Eles responderam 'não, vocês são de teste, teste tem que aguardar'. Nisso, um dos moleques de teste se estourou e começou um empurra-empurra. Eu estava com o taco na mão e estávamos em três ou quatro moleques, com eles com uns a mais. Foram dois para cima desse que levantou a voz e eu só peguei o taco e dei na costela de um dos moleques e ele partiu no meio. Nisso, começou uma gritaria, veio o monitor e deu a mer** toda".

Expulsão: "No dia seguinte, antes do café da manhã, o diretor foi lá e mandou a gente para a sala do diretor. Chegamos lá, ele falou que sabia o que tinha acontecido, que sabíamos que não podia acontecer isso e falou 'vocês estão liberados, não vão continuar'".

Dispensa no Grêmio

Matheus Henrique também relembrou sua primeira passagem pelo Grêmio, que se deu logo após a expulsão no Fluminense. O volante acabou dispensado na base clube gaúcho e só voltou anos mais tarde após se destacar no São Caetano.

Chegada e dispensa: "O mesmo cara que conseguiu [no Fluminense], conseguiu um contrato de formação no Grêmio. Cheguei no sub-16, em março de 2013. Joguei Brasileiro, Campeonato Gaúcho... Joguei tudo, aí chegou no final do ano, três dias antes do meu aniversário, chegamos em um treino, o cara falou que era o último treino do ano, estávamos liberados para as férias, mas falou 'antes de tomarem banho, olhem o mural porque tem jogadores que não vão continuar'. O meu nome estava lá para ser dispensado. Só liguei para os meus pais e falei 'preciso da passagem'. Fui pego de surpresa, esperava continuar".

Volta em 2017: "Presidente do São Caetano ligou para o meu pai e pediu para irmos lá. Era o Grêmio... Tínhamos Grêmio, Cruzeiro e Internacional [todos no sub-20]. Foi isso, escolhi o Grêmio para dizer 'vocês erraram em me dispensar lá em 2013'. Eu trilhei esse caminho de base e chegou esse momento de falaram que eu ia treinar com o profissional. Foi o ano que o Grêmio foi campeão da Libertadores".