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Com quem ficarão as camisas pretas da seleção brasileira

Camisa da seleção brasileira com a cor preta - Reprodução
Camisa da seleção brasileira com a cor preta Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo, Rio e Barcelona (ESP)

16/06/2023 12h00

A seleção brasileira vai usar um uniforme completamente preto no primeiro tempo do amistoso contra Guiné, e o destino dele será diferente do que acontece com as peças convencionais da seleção.

Para onde as camisas irão

O plano da CBF é distribuir peças para dirigentes, como os presidentes da Fifa, Gianni Infantino, da Conmebol, Alejandro Domínguez, e da Federação Espanhola, Luis Rubiales.

Outras unidades das camisas usadas no jogo irão para autoridades brasileiras, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, já que o uso do uniforme é uma ação contra o racismo.

A CBF planeja ainda separar uma ou duas peças para fazer um leilão e destinar o dinheiro para entidades que lutam contra a causa antirracista.

Uma outra camisa deve ficar exposta no museu da sede da CBF, no Rio. É comum que jogadores levem consigo as camisas dos amistosos ou a CBF peça que eles autografem para que sejam presentes a figuras ilustres.

Ajuste para o jogo

A CBF precisou articular com a Nike uma produção das camisas especificamente para o amistoso de sábado, em Barcelona.

Não se trata de um modelo novo, feito do zero, mas de uma das camisas de goleiro da atual coleção adaptada para os jogadores de linha. Para atender ao pedido, algumas precisaram ter a manga cortada.

A CBF normalmente prepara um total de três jogos de uniforme para as partidas, um para o primeiro tempo, outro para o segundo e um terceiro para eventual dano durante a partida. A camisa do jogo contra a Guiné também terá um patch especial contra o racismo.

Vini Jr. com a 10

Quem usará a camisa 10 do Brasil no jogo contra a Guiné será Vini Jr. Normalmente, ele usava a 20 na seleção. No amistoso passado, quando o Brasil já não teve Neymar, ele ficou com a 11, enquanto Rodrygo assumiu a 10. Mas para o próximo jogo, houve alteração.

Vini Jr. está no centro das atenções porque a mobilização contra o racismo cresceu de proporção por conta das ofensas sofridas por ele ao longo do Campeonato Espanhol, mais recentemente no jogo contra o Valencia.

A CBF consultou Vini sobre a manutenção do jogo na Espanha, já que havia negociação pela partida anterior ao episódio de racismo contra ele em solo espanhol.