Danilo quebra silêncio sobre Daniel Alves na seleção: "Assunto delicado"
Quase cinco meses depois da prisão provisória de Daniel Alves, o assunto chegou à seleção brasileira. Nesta sexta-feira (16), o UOL perguntou ao lateral-direito Danilo sobre o ex-companheiro de posição, detido desde 20 de janeiro.
O que aconteceu
Depois da pergunta, durante entrevista coletiva no Estádio RCDE, Danilo ficou em silêncio por cinco segundos, até começar a responder.
"Vou falar por mim. É um assunto delicado. Não tenho muito nem como opinar. Penso muito no ser humano, na empatia, no amor entre as pessoas, é uma coisa que guia muito minha vida e minhas decisões", afirmou o jogador.
"Se é certo ou errado, culpado ou não, não cabe à mim, cabe à Justiça e está sendo feito", prosseguiu o lateral-direito.
"Só espero que ele esteja bem protegido, tenha paz, a família e os filhos? Infelizmente não é uma coisa que me cabe, desculpa, não tenho muito o que dizer", concluiu.
Daniel Alves está em prisão provisória desde 20 de janeiro, acusado de agressão sexual a uma mulher numa boate em Barcelona.
A defesa de Daniel Alves já tentou três pedidos de liberdade, para que o jogador possa esperar pelo julgamento em liberdade. Os três recursos foram negados pela Justiça espanhola.
A resposta de Danilo foi a primeira manifestação pública de um jogador da seleção brasileira sobre o caso.
Veja outras respostas de Danilo:
Reunião de Ednaldo Rodrigues com jogadores
Acho importante, sim, ouvir a opinião e ponto de vista dos atletas. Mas a nossa intenção não é definir ou dizer o que está certo ou errado ao presidente. Nosso papel é simplesmente escutar e fazer com que o plano que o presidente tenha dê certo, sermos um ponto de apoio para que o presidente possa tomar a decisão com a maior tranquilidade possível. Papel dele. O presidente vai tomar decisão. A partir do momento que o presidente disser que a decisão é essa, é fazer com que esse caminho seja feito da melhor maneira possível, dando respaldo para quem estiver à frente da seleção, isso é importante.
Trabalhar com interino
A seleção me deu muito, prestígio, reconhecimento, muitas alegrias. Nesse momento, em que existe uma cerca precaução em tomar a decisão de quem vai ser o próximo treinador, acho que é um momento de nós jogadores mais experientes pagarmos um pouco disso que a gente já recebeu durante tantos anos. Ramon está à frente, tem total respaldo e características para ser aquele que comanda a seleção, mas acho que nós, jogadores mais velhos, temos essa obrigação de pagar de alguma maneira tudo aquilo que a seleção nos deu fazendo até um pouco a mais para que nesse momento de precaução se mantenha a estabilidade da seleção, manter a tranquilidade para aqueles que vem tendo a primeira oportunidade até a tomada da decisão.
Experiência x continuidade
Considero muito importante a manutenção de uma base até para dar tranquilidade para as trocas que têm que ser feitas. Muito difícil você mudar um grande número de jogadores, ter um rendimento e um tipo de futebol que você espera de uma hora para outra. O Real Madrid é exemplo: muda poucas peças ao longo do tempo e vem demonstrando sempre que isso dá certo. Cada jogador que entra encontra uma base muito sólida e assim fica mais fácil entrar em um sistema. É natural manter uma base sólida, forte, e partir daí fazer pequenas mudanças e redirecionamentos que precisam ser feitas.
Falam de Guiné, o adversário no amistoso?
Tivemos reunião hoje para ver os vídeos, tudo que precisamos fazer no jogo, o que tomar cuidado, como sempre foi de praxe. Claro que a preparação tem que ser como se fosse uma final, um jogo decisivo, porque o nível de exigência do futebol brasileiro é sempre grande. Mas, sim, a gente fala sobre a Guiné, sobre o jogo, até porque se o Brasil não vencer já sabe o que acontece?
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