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Richarlison diz que racista pegou o cara errado: 'Amigo do Vini e tem voz'

e Thiago Arantes

Do UOL, em Barcelona (ESP)

17/06/2023 20h28

Os jogadores da seleção brasileira lamentaram como um todo mais um caso de racismo justamente antes do amistoso contra o racismo em que o Brasil venceu a Guiné por 4 a 1. O atacante Richarlison afirmou que o racista 'deu azar' ao mexer com o cara errado.

"Foi justamente com um amigo do Vini. O cara (segurança) deu muito azar porque é um cara que acompanha o Vini desde criancinha e tem voz também. Foi importante ele (segurança) pegar o 'cara errado'. Acho que eles vão para a delegacia resolver esse caso. Não adianta vir dar entrevista toda hora. Tem que ter punição, algo mais severo. É importante", afirmou o Pombo após a partida.

O que aconteceu

Um membro do estafe de Vini Jr sofreu uma agressão racista com uma banana ao entrar no estádio do Espanyol (ESP) onde ocorreu a partida. Dos quatro que entraram juntos e trabalham com o atacante, somente ele é preto; os três brancos não tiveram problemas na entrada.

Segundo o estafe do jogador, o segurança retirou uma banana do bolso, apontou para ele e falou "mão pra cima, essa aqui é minha pistola".

O estafe de Vini se revoltou com a atitude e viu os funcionários se voltarem contra eles e duvidarem da ação. A polícia foi acionada para um boletim de ocorrência e agora jogador e estafe fazem pressão pelas imagens da câmera de segurança.

A CBF soube do ato racista antes da partida, mas o grupo que disputou o jogo só recebeu a informação após o duelo. O estafe de Vini Jr avaliou se iria ou não avisá-lo, mas não conseguiu fazê-lo a tempo antes da partida.

O estafe do jogador irá até uma delegacia amanhã (18) prestar queixa em Barcelona (ESP).

O que disseram os outros jogadores

Ficamos sabendo depois do jogo. É lamentável. Com toda a campanha que a gente vem fazendo e acontecer isso. Tem que ver se tem alguma câmera, alguma coisa. Se realmente ele fez isso, é lamentável e ele não pode ser segurança, policial, o que quer que seja. Acontece no mundo. Isso não é normal, tem que cada vez atuar em cima disso e as punições sejam mais severas para que tudo isso acabe". Marquinhos.

Depois do jogo nos contaram. É muito triste. A gente está fazendo uma partida para pegar qualquer tipo de ação como essa e novamente volta a acontecer. Espero que ele seja reconhecido, a justiça seja feita e que não ocorra mais". Paquetá.