Fifa vai ter ferramenta para proteger jogadoras de assédio na Copa do Mundo
Classificação e Jogos
A Fifa anunciou, hoje (18), que a Copa do Mundo Feminina vai contar com um pacote de ferramentas nas redes sociais para proteger as jogadas de assédio, dentre outros abusos.
O que aconteceu
A Fifa divulgou relatório sobre abuso on-line direcionado aos participantes da Copa do Mundo do Qatar, no ano passado.
Os registros foram feitos com base nas descobertas da ferramenta de serviço de proteção de mídia social.
O serviço, desenvolvido pela FIFA e pelo sindicato de jogadores FIFPRO, monitora e modera o discurso de ódio nas redes sociais, ocultando conteúdo ofensivo.
A entidade ressalta que o relatório foi publicado dias depois que Gianni Infantino, presidente da Fifa, se reuniu com Vinícius Júnior, que foi vítima de ataques racistas enquanto atuava pelo Real Madrid, da Espanha. O encontro foi para discutir como o futebol responde a questões discriminatórias.
"A discriminação é um ato criminoso. Com a ajuda desta ferramenta, estamos identificando os perpetradores e os denunciando às autoridades para que sejam punidos por suas ações. Também esperamos que as plataformas para aceitem as responsabilidades para nos apoiar na luta contra todas as formas de discriminação", disse Infantino.
David Aganzo, presidente da FIFPRO, ressaltou: "O futebol tem a responsabilidade de proteger os jogadores e outros grupos afetados em torno de seu espaço de trabalho. Portanto, a FIFPRO e a Fifa continuarão sua colaboração e fornecerão o mesmo serviço na Copa do Mundo Feminina".
A Copa do Mundo Feminina vai acontecer entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia.
O relatório
O relatório revela que o duelo entre Inglaterra e França, nas quartas de final da Copa do Mundo do Qatar, teve o maior pico de abuso durante o torneio. "38% do abuso identificável veio de contas com sede na Europa, com 36% da América do Sul".
Segundo a Fifa, o sistema "escaneou mais de 20 milhões de postagens e comentários no Facebook, Instagram, TikTok, Twitter e YouTube durante todo o torneio e, seguindo a sinalização de inteligência artificial (IA) especializada de comentários abusivos, fortalecido por duas camadas de análise humana, 19.636 postagens/ comentários foram confirmados pelo provedor de serviços como abusivo, discriminatório ou ameaçador".
As publicações foram denunciadas às plataformas por quebrarem as diretrizes da comunidade. Em muitos casos, as postagens ofensivas foram removidas após a denúncia da FIFA.
Ainda segundo a entidade, "mais de 300 indivíduos que fizeram postagens/comentários abusivos, discriminatórios ou ameaçadores foram identificados e essas informações serão compartilhadas com as autoridades para facilitar a tomada de ações no mundo real contra os infratores".
A FIFA aponta ter também um sistema de denúncias confidencial, para que os abusos possam ser denunciados. Os usuários podem anexar documentação de apoio e criar uma caixa de correio anônima, sem enviar informações pessoais.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.