Mauro Cezar: Felipão conta com boa vontade, fez pior que o Vítor Pereira
A troca inesperada de Felipão, fechado com o Atlético-MG, após romper o contrato com o Athletico-PR, fez Mauro Cezar comparar o tratamento do veterano com Vítor Pereira no Posse de Bola, no UOL.
Eu acho impressionante a diferença de tratamento da mídia com relação ao Vítor Pereira, que de fato errou, quis proteger os dirigentes com a história da sogra. Mas o VP era um treinador sem contrato, enquanto o Felipão rompeu o contrato, e trocou o time por um que está na mesma chave da Libertadores. Já ouvi até elogios ao Felipão. O Felipão é imune a críticas em certos segmentos da mídia esportiva brasileira.
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Faz sentido esperar. Ainda mais com a mudança do formato de Copa do Mundo. Tem tanto treinador brasileiro por baixo hoje, que é um tapa na cara de todos eles. Não tem condição. É melhor esperar um gringo por um, dois anos do que contratar um brasileiro, isso está na cara. Não adianta ter histeria, porque esse é o retrato.
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Em regra, não levamos em conta nas nossas análises, a cabeça do boleiro. E o boleiro de hoje em dia que ouviu o Felipão falando uma coisa, e hoje fazendo outra, um dia ele estava no banco contra o nosso time e hoje é o nosso treinador. Não imagine que os jogadores do Atlético-MG, com raríssimas exceções, tenham pelo Felipão reverência, por ter sido campeão mundial. Não tem. Alguns nem sabem bem quem é e outros olham e pensam que ele não é muito confiável. E isso pesa, não tenho muita dúvida que isso pesou com o Vítor Pereira no Flamengo.
Felipão no Galo mostra que a nova geração dos técnicos brasileiros não emplacou, diz Arnaldo
A escolha do Felipão surpreende mais do que a do Ancelotti. Não pela incoerência do Galo, em termos de perfil de treinador, de desespero. As costas largas é uma boa expressão. É surpreendente pela postura do Felipão, a situação que ele deixou o Athletico, acho um absurdo. Mas, pra mim, principalmente é escancarar como a nova geração de treinadores brasileiros não conseguiu o espaço deles. Quando um clube grande precisa, ele considera um veterano ou um estrangeiro e a nova geração nem é considerada pelos clubes.
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