Brasil de Ramon não tem camisa 10 e já usa meio-campo europeu de Ancelotti
À espera por Carlo Ancelotti em 2024, a seleção brasileira tem jogadores conhecedores do trabalho e até o "meio-campo europeu" habitual do técnico italiano.
Sem camisa 10
O Brasil do treinador interino Ramon Menezes não tem o tradicional armador.
A seleção venceu Guiné por 4 a 1 com Casemiro, Joelinton e Lucas Paquetá. Na derrota por 2 a 1 para Marrocos, os escolhidos foram Casemiro, Andrey Santos e Paquetá. Hoje, a equipe pega Senegal, às 16h, no Estádio José Alvalade, em Lisboa.
Casemiro é o meio-campista defensivo, enquanto Joelinton e Paquetá enfrentarão a seleção de Senegal no amistoso terça-feira com as responsabilidades divididas: ambos precisam marcar e armar.
O Real Madrid de Ancelotti geralmente atua com Valverde, Kroos (Camavinga ou Tchouaméni) e Modric. Todos têm capacidade de armar, mas nenhum é o clássico camisa 10.
Continuo fazendo a função de meio-campo, agora com um pouco mais de liberdade, mas eu e o Joelinton fazemos a mesma função às vezes, ora mais adiantado ou recuado com o Casão [Casemiro]. Não tem só defender e só atacar no meio-campo, é ajudar sem bola e na criação
Lucas Paquetá
Meio-campo "inglês"
O Brasil de Ramon tem três meio-campistas destaques dos seus times na Premier League: Casemiro (Manchester United), Joelinton (Newcastle) e Lucas Paquetá (West Ham).
Casemiro já saiu do São Paulo para o Real Madrid como volante, mas melhorou a marcação na Europa e se tornou um grande líder, acabando com as desconfianças da época de Cotia.
Joelinton era ponta e foi adaptado à função de volante no Newcastle, enquanto Paquetá saiu do Flamengo como meia-atacante e já foi até falso 9 na seleção brasileira, mas tem desempenhado no West Ham as características que fez na Copa do Mundo com Tite, assumindo também responsabilidade defensiva.
Outros traços de Ancelotti na seleção
A escalação do time titular da vitória sobre Guiné não deixa dúvidas: cinco jogadores estão ou já estiveram sob as ordens do favorito da CBF ao cargo. Três do atual elenco do Real Madrid (Vini Jr, Rodrygo e Eder Militão) e outros dois que trabalharam com "Carleto" em diferentes momentos de suas carreiras (Richarlison e Casemiro). Rodrygo não enfrentará Senegal.
O sistema de jogo da seleção de Ramon também é parecido com o usado pelo treinador do Real Madrid: ele não abre mão da uma linha de quatro defensores. À frente da defesa, usa dois volantes, um meio-campista mais leve, dois pontas e um atacante que sai da área para jogar.
A formação clássica do "Ancelottismo" se mantém com Ramon e é uma herança de Tite, um fervoroso seguidor dos métodos do italiano. O ex-treinador da seleção, comandante da equipe nas Copas de 2018 e 2022, devorou o livro "Liderança Tranquila", que explica a forma de trabalhar de seu ídolo.
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