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Duílio diz que Corinthians vai 'repensar' relação com torcidas organizadas

Dirigente se manifestou após atos ocorridos na chegada do Corinthians ao hotel em Santos - Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Dirigente se manifestou após atos ocorridos na chegada do Corinthians ao hotel em Santos Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Do UOL, em São Paulo

21/06/2023 23h07

O presidente do Corinthians, Duílio Monteiro Alves, disse que o clube vai "repensar" sua relação com torcidas organizadas. O dirigente deu entrevista coletiva após a vitória da equipe sobre o Santos, em jogo realizado na Vila Belmiro que acabou antes dos 90 minutos por bombas lançadas ao gramado por parte de santistas.

Bombas na Vila. "É muito triste ver essa violência no futebol. Isso só aumenta e ocorre em todos os clubes. Protestos são legítimos, mas tudo tem um limite. A gente lamenta. O Corinthians vai fazer tudo o possível para que a gente tenha segurança. Vimos muitas famílias assustadas".

Episódio de atos no ônibus corintiano. "Sobre ontem na nossa chegada do ônibus: ninguém tem medo de descer, mas não vou colocar uma delegação de atletas em risco e muito menos famílias que foram ao hotel. Descer poderia causar um problema muito maior. A gente sempre fala que qualquer hora vai acontecer uma tragédia, já aconteceram várias, mas estamos cada vez mais perto."

Corinthians vai romper com organizados? "Precisamos repensar tudo isso. O Corinthians também vai repensar a sua relação com as torcidas organizadas, vamos conversar internamente para ver qual caminho seguir. Tivemos manifestações de alas diferentes das torcidas, tem eleição no clube e nas torcidas. O Corinthians não pode ser prejudicado com isso. Sabemos do momento e da responsabilidade, mas partir para a violência há uma distância muito grande."

Próximos passos. "Sempre fui a favor da paz e da conversa, por isso sempre atendemos [aos torcedores]. Não quero falar o que vai acontecer porque vamos repensar e ver se a gente, como clube, está errando em algum momento. Sempre fui a favor da conversa para que a gente tivesse paz. Se não está adiantando conversar, não faz sentido, mas não é uma decisão tomada, vamos conversar para ver como vai seguir. A gente não está falando de torcida organizada e de torcida do Corinthians, e sim de algumas pessoas, algumas de organizadas, outras não. O Corinthians é centenário, a gente sabe da importância da Fiel: o Corinthians existe pela sua torcida, que é o nosso maior patrimônio. A gente não quer generalizar, estamos falando de uma minoria muito pequena. Vamos repensar, sim."

Perigo na Vila Belmiro. "Tivemos experiências no último ano nada boas, aquela do Cássio acabou sendo mais grave que essa até porque não esperávamos. Hoje, imaginávamos que poderia acontecer. O Cássio estava esperto para não ter bombas ou invasões. A gente espera que as providências sejam tomadas, pela CBF, STJD... para que não aconteça uma tragédia. Isso está passando muito perto. O Cássio fez o certo e o Vuaden foi muito bem de encerrar o jogo, não tinha condição nenhuma de continuar."

Consequências das confusões. "O caso de hoje cabe à CBF, ao STJD, ao que o Vuaden vai relatar na súmula... é um caminho natural destes órgãos. Há procurador-geral, deve ser feita uma denúncia. Em relação ao ocorrido ontem, a polícia também estava presente. Foi falado que tínhamos condições de descer em uma nota da PM, não entendi, mas não vou polemizar, eles nos dão segurança e voltaremos com eles. As imagens são claras. Ali não era uma manifestação saudável e de apoio. O Corinthians tem que prezar pelos seus atletas e pela sua torcida. A gente espera que isso não ocorra mais."

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