Luxa se revolta com violência, brinca com Yuri e aborda seleção brasileira
O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, se revoltou com a violência ocorrida tanto ontem quanto hoje em Santos, brincou sobre o fim do jejum de Yuri Alberto e abordou até a falta de um técnico na seleção brasileira. As declarações foram dadas em entrevista coletiva após a vitória de sua equipe na Vila Belmiro.
Atos no ônibus corintiano. "Sobre a decisão de voltar ontem: conversamos com o presidente por telefone, ele não estava presente porque viria hoje. Falamos sobre a dificuldade de sair, havia crianças, mulheres e torcedores organizados. Tinha também torcedor que só queria pegar autógrafo e tirar foto. A polícia disse hoje que tinha segurança, mas nós estávamos desconfortáveis. Se descêssemos e houvesse um conflito, poderia causar uma coisa muito desagradável. Tivemos bom senso de voltar para São Paulo."
Fake news sobre posicionamento do elenco. "É lamentar porque, às vezes, as pessoas falam tantas coisas... Falaram aqui que o presidente não queria que nós jogássemos. Não existe isso. Ficam inventando coisas como se fossem fatos concretos. Os jogadores ganharam o jogo por causa de ontem? Não, ganhamos porque treinamos dez dias e nos preparamos. Queremos paz para trabalhar. Vocês acham que a pressão faz ganhar? O que faz ganhar é trabalho. O bom senso fez com que voltássemos para São Paulo."
Bombas na Vila Belmiro. "O que vimos hoje foi lamentável, já trabalhei aqui na Vila. Quem sai prejudicado é o clube. Quem saiu prejudicado com falas homofóbicas? Foi o Corinthians. O Fluminense, há um mês e meio atrás, era a sensação do futebol. Agora, não presta e as pessoas dão porrada em jogador. Onde vamos parar? Só queremos paz."
Atuação da equipe após pausa. "Ganhamos o jogo, mas o campeonato não termina hoje. Temos muitas rodadas para confirmar o que fizemos hoje. A estratégia foi o trabalho que fizemos por dez dias, os jogadores entenderam nossa proposta. Vimos hoje um time jogando bola. 70% da vitória pertence aos jogadores, a minha parte é 30%. Durante a semana, é o inverso, porque há um trabalho físico, técnico, tático, emocional..."
Fim do jejum de Yuri Alberto. "Eu não jogo. Eu já tinha avisado: ele não desaprendeu, daqui a pouco a bola bate na bunda e entra. Ele perdeu um gol antes sozinho com o goleiro e, em seguida, fez: de duas jogadas, fez um. Tirei ele do time porque precisamos criar um ambiente propício, tínhamos um jogo decisivo. Ele é um jogador que vai conseguir botar a bola para dentro como botou hoje. [Sobre a promessa], não sabia. Ele pode prometer todo jogo a partir de agora."
Seleção sem comandante. "Eu não me recordo direito, mas não via há muito tempo, seja com estrangeiro ou sem, o futebol brasileiro ficar sem um comandante na seleção. Isso mostra o que estamos vivendo no futebol brasileiro. Vou mostrar um dado sem crítica: a CBF tem um curso de treinador. Quais técnicos que são formados lá estão no futebol brasileiro? A CBF tem um curso para treinadores se formarem. Eu já sou formado, o Renato tem, o Mano tem... quantos jovens estão dando sequência nas carreiras?"
Ruan Oliveira. "Este é um trabalho que tem que ser feito: o ativo do clube, além da estrutura, está nas categorias de base. Quanto valem esses jogadores que estão entrando hoje? O Ruan, quando bati o olho, vi que tinha muita coisa de meio de campo para jogar hoje: atitude, velocidade, ocupação de espaço. Fui trabalhando ele para jogar. Não tem porque ter receio de colocar jogador de futebol. Vai acontecer o que aconteceu hoje: ele cansou no começo do 2° tempo. Ele não tem ritmo de jogo porque está há três anos sem jogar. Deus foi bom para ele, que conseguiu a voltar a jogar em alto nível. É um jogador que promete muita coisa."
Futuro do time. "Tudo o que aconteceu hoje fica aqui. É só o início de algo que pode acontecer. Temos dois objetivos: pelo Brasileirão, olhar lá na frente uma vaga na Libertadores, e entrar na Copa do Brasil com igualdade de condições de buscar uma conquista pelo nosso trabalho. Estamos no caminho certo, analisamos o trabalho como um todo."
Resumo dos dez dias. "Foram importantes para fazer coisas, mas ainda temos muito o que fazer, não dá para pegar tudo em dez dias. Eu tenho que sempre estar falando do que falta porque, se não falo, eles vão esquecer. Quando automatizar, não vai precisar. Foi importante para preparar bem o elenco."
Fim da pressão? Se a gente toma porrada no jogo seguinte, vem tudo de novo, como foi depois do Atlético-MG. Falei para eles deliciarem a vitória, mas que isso termina aqui. Amanhã já estamos visando o próximo jogo. É o momento de colocar os pés no chão, entender que trabalhamos muito para a vitória, que foi boa, mas que tem muita coisa para acontecer."
Por que Cantillo e Romero não foram relacionados? "Alguém da sua equipe [de imprensa] ficou fora do jogo? Ficou, não ficou? É normal. Alguém ficou fora do jogo, é bem normal. Na rádio e na TV, é a mesma coisa. Não temos que falar sobre Cantillo e Romero, assim esquecemos de quem jogou aqui. Não quero falar deles porque não tem nada a ver. Temos que falar do Yuri, do Biro, do Ruan..."
Mudanças no time titular. "Não pode ser diferente no Corinthians e em outras equipes. Todo mundo elogia a versatilidade, mas quando a gente faz aqui, parece coisa de outro mundo. O Fagner pode ficar fora se, de repente, eu achar que tenho que jogar com outro. Isso não é problema. Agora que conheço todo o elenco, dá para fazer mudanças. O Fagner emagreceu quatro quilos e está com 10,8% de gordura. Ele tem que correr atrás, não sou eu. Qualidade ele tem."
Camisas do Corinthians para torcedores:
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