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São Paulo: Dorival explica time misto e diz que torcedor pode se animar

"Não tenho dúvidas que esse trabalho tem um caminho promissor", disse treinador - Ettore Chiereguini/AGIF
"Não tenho dúvidas que esse trabalho tem um caminho promissor", disse treinador Imagem: Ettore Chiereguini/AGIF

Do UOL, em São Paulo

28/06/2023 00h54

O técnico Dorival Júnior, do São Paulo, explicou o motivo de ter utilizado time misto na vitória sobre o Tigre por 2 a 0, em jogo da Sul-Americana ocorrido na noite desta terça-feira (27). Ele ainda projetou "coisas boas" para a sequência da temporada ao torcedor.

Alguns titulares poupados. "Estamos sempre mesclando e buscando os jogadores em melhores condições para poderem jogar a partida seguinte. Era um jogo importante porque lutamos pela 1ª colocação geral [da Sul-Americana]. Não podia ser diferente. Temos que respeitar todas as competições: independente da equipe que fosse a campo, ela seria vibrante e estaria em busca do resultado. Achei que, pelo momento, seria ideal [time misto] porque seria um jogo pesado e muito complicado. Eles tinham a expectativa de, com uma vitória, nos passar. Não podíamos permitir que isso acontecesse."

Confiança no elenco. "O jogo era de risco. Amanhã, o Newell's jogará em casa sabendo que, se não vencer, a gente fica com a posição [de 1° colocado geral]. Para nós, o resultado era importantíssimo. Não abro mão de competição nenhuma. A mescla vai acontecer porque confio em todos os jogadores. Sempre teremos uma equipe nesta condição... sempre que possível, seguro um ou outro jogador em cada setor para que a gente possa ter uma compensação."

São Paulo prioriza Copas? "Não estamos priorizando campeonato nenhum. Pode até dar impressão, mas é uma falsa impressão. Queremos estar vivos em todas as competições."

Coisas boas pela frente. "O São Paulo está fazendo um trabalho muito sério. A resposta que os meninos têm dado é muito importante, e a evolução de cada um é nítida. O torcedor pode ficar animado porque não vai demorar para que nós tenhamos coisas reais acontecendo. Não tenho dúvidas que esse trabalho tem um caminho promissor pela frente. Teremos que lutar com muitos percalços e dificuldades, mas estamos levando tudo isso à frente e passando por cima de muita coisa. Fico muito feliz de estar comandando uma equipe de trabalho que tem tentado dar todas as condições possíveis aos jogadores. A postura dos jogadores tem feito com que tudo isso se fortaleça e cresça ainda mais. Confio muito que coisas boas poderão acontecer num curto espaço de tempo."

Situações de Igor Vinícius e Erison. "O Igor foi uma situação um pouco mais complexa que a do Erison. Ele demanda um tempo um pouco maior, mas está buscando uma recuperação e fazendo de tudo para estar em campo o mais rápido possível. Temos que ter consciência que foi muito delicada [a lesão] e ele precisa de um tempo. Enquanto ele sentir dor e desconfiança, é natural que dificilmente ele esteja liberado. Já o Erison nunca tinha tido uma lesão. É a primeira lesão muscular que ele teve e ainda tem um receio em relação ao que vinha sentindo. Às vezes, ele faz movimentos que sente confiança e, em outros momentos, ainda não. Por isso temos todos os cuidados para que nada se agrave."

Lesão de Pablo Maia preocupa? "Acredito que não tinha sido nada grave com o Pablo. Foi uma jogada violenta, mas que graças a Deus não nos trouxe maiores prejuízos. Foi uma jogada casual de uma partida disputada como foi."

Trabalho físico com Rodriguinho. "É um trabalho que está sendo feito não só com ele, mas com outros atletas no sentido de ganho de massa. Acho que isso tem sido importante para ele. Temos percebido que alguns desses jogadores têm melhorado neste sentido, e este condicionamento será importante daqui para frente. O importante é que não percamos o que eles têm de melhor, que é a movimentação, a finta, a mobilidade... que eles ganhem um pouco mais de força, mas que não percam a essência. Isso é o principal e daí vem nossa preocupação de ser um trabalho moderado."

Três volantes. "Era uma situação que não tinha trabalhado ainda, estamos aqui há dois meses. É complicado, você não consegue observar tudo que precisa. Seria uma formação que não havia sido tentada em uma partida. Infelizmente, perdemos logo no início [com a lesão do Pablo Maia]. Quando houve a jogada, houve também a expulsão, então tivemos que optar pela entrada de um meia. Do contrário, manteria a mesma postura com o próprio Negrucci para que tivéssemos uma avaliação um pouco melhor. Hoje em dia, você fala em volantes, mas na realidade são jogadores que chegam, têm boa presença e isso contribui para que não percamos a essência que estamos tentando implantar."

Gabriel Neves pode atuar como meia? Um camisa 10 na essência é um pouco complicado porque ele teria que estar pisando dentro da área e ser o jogador surpresa que arma e, ao mesmo tempo, pode complementar toda a criação que faz. O Gabriel tem a técnica apurada, visão de jogo impressionante e acredito que ele se sinta muito mais confortável vindo de trás e tendo uma visão periférica. Às vezes, é necessário que esse 10 esteja de costas, e nem sempre o jogador se sente confortável assim. Vejo ele muito mais jogando de frente do que em uma condição que não seja totalmente favorável a ele."

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