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Ex-executivo do Inter diz que foi surpreendido por demissão: 'Fiz o melhor'

William Thomas, ex-executivo do Inter - Ricardo Duarte/Inter
William Thomas, ex-executivo do Inter Imagem: Ricardo Duarte/Inter
Eder Traskini e Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre e São Paulo

29/06/2023 04h00

Demitido do Inter há pouco mais de um mês, o executivo de futebol William Thomas se disse surpreso com a decisão da direção. Ao UOL, o profissional afirmou que deixou o colorado de cabeça erguida.

O que aconteceu

William Thomas foi executivo do Inter de abril de 2022 até maio de 2023.

Sua demissão foi oficializada em um momento de profunda crise em que o Colorado tinha Mano Menezes também ameaçado. O time vermelho tinha acabado de perder para o Grêmio pelo Brasileirão.

Na ocasião, a direção do clube decidiu que Thomas e o coordenador Sandro Orlandelli seriam desligados.

Na avaliação do comando do clube, os processos internos deveriam melhorar e o rendimento em campo era reflexo de uma condição física ruim. Dias antes, o preparador Jean Carlo Lourenço também tinha perdido cargo.

Desde as trocas, o Inter foi eliminado da Copa do Brasil, mas está invicto há nove partidas e avançou às oitavas de final da Libertadores.

Foi uma decisão do clube. E eu, como profissional que sempre fui, extremamente comprometido e dedicado, acatei. É uma deliberação do clube. Me pegou de surpresa, mas a vida segue e tenho o maior respeito e admiração pelo clube. É um dos grandes clubes do futebol brasileiro e torço que tenham desempenho e crescimento que demonstram ter capacidade para ter

William Thomas

O que mais ele disse

Cabeça erguida. "A profissionalização acaba criando esses cenários. É óbvio que o executivo não é a ponta exclusiva da estrutura organizacional e na linha da tomada de decisão. Todos os clubes têm estrutura diretiva além do executivo. Temos de lidar com naturalidade e tenho certeza que pude contribuir significativamente com o clube neste período em que estive lá. Fui extremamente fiel ao plano de negócios e aos limites orçamentários. O clube foi superavitário nos dois anos recentes, e isso já é uma demonstração de algum tipo de competência. Fui parte desse processo. Sempre respeitando as diretrizes e a política que foi estabelecida pela presidência, comitê de gestão, conselho de administração do clube. Se o clube entendeu que deveria trocar, o clube deve ter os motivos dele, tenho de respeitar. Tenho a convicção que fiz o melhor, saio de cabeça erguida".

Chegada de Enner Valencia. "O Inter tem condições de competir no mercado por causa do projeto que é desenvolvido. De estabilidade organizacional e administrativa para instituição como um todo, com ideias claras e condições para serem cumpridas. Isso, associado à grandeza e à história do clube, são fatores determinantes para atrair grandes jogadores. Quando se apresenta de uma forma organizada este projeto, isso conforta o outro lado da negociação, estafe, representante, família e o atleta. Assim se construiu uma série de atrativos para o atleta se sentir muito bem aceito e acolhido".

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