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Presidente do Flu nega ameaça a jornalista e diz que não houve censura

Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, durante coletiva - MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC
Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, durante coletiva Imagem: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC

Do UOL, no Rio de Janeiro

29/06/2023 12h02

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, se pronunciou pela primeira vez depois do episódio com um jornalista na saída do jogo do clube no Maracanã, na última terça-feira (27).

O que aconteceu

Mário afirma que não se dirigiu com ameaças, mas "advertindo energicamente" que o jornalista Gabriel Amaral estava abordando um jogador fora da zona mista.

"Ao me aproximar, disse-lhe textualmente: Isso aqui não é zona mista não. Você sabe que não pode ficar aqui, cara. Você tá errado. Você tá errado. Você gosta de ficar dando porrada nos outros. Cumpre as porras que você não cumpre. Você tá errado. Foda-se. Você tá errado. Em seguida, após adverti-lo (de forma enérgica sim), eu disse: hoje você está me conhecendo."

O dirigente afirma que o jornalista faltou com a verdade na divulgação de notícias sobre Marcelo e por isso foi cobrá-lo após a partida contra o Sporting Cristal. Por fim, garante: "Jamais houve censura ou haverá a qualquer profissional de imprensa".

No vídeo após o jogo, Gabriel deu sua versão sobre o ocorrido e afirmou que Mário o teria ameaçado. O presidente nega: "Não nego que tenha me exaltado. Mas não o ameacei. Esta foi apenas mais uma inverdade do youtuber".

Relembre o caso

No estacionamento, que fica próximo à saída da zona mista, o jornalista se aproximou de Felipe Melo para conversar sobre as notícias que saíram. O diálogo transcorreu sem problemas.

Por esse motivo, Mário reclamou primeiramente com a assessoria e depois foi para onde Gabriel estava.

O dirigente apareceu gritando e ofendendo o jornalista. A cena foi vista por outros profissionais que estavam na zona mista. O presidente do Fluminense alegou que Gabriel estava em uma área onde não deveria e proferiu xingamentos.

O motivador do comportamento foram notícias sobre a relação de Marcelo dentro do CT e com outros jogadores. O primeiro a dar informações sobre certas regalias do jogador foi Gabriel Amaral, do canal Raiz Tricolor, alvo das reclamações.

Veja o posicionamento na íntegra:

"Nas últimas horas, fui alvo de ataques nas redes sociais motivados por afirmações inverídicas do youtuber Gabriel Amaral, que tem faltado com a verdade seguidamente. Não me dirigi a ele com ameaças (veja no vídeo deste post - passe para o lado para assistir), mas advertindo (energicamente) que ele estava abordando um jogador fora da zona mista determinada pela Conmebol no jogo contra o Sporting Cristal. Portanto, desrespeitando as regras da entidade. O jogador em cena era Felipe Melo, justamente o atleta que o desmentiu publicamente.

A intenção dele estava muito clara: tentar colocar panos quentes com Felipe Melo para se proteger da indignação do atleta com a "cagada" que havia feito na semana que passou. Atitude covarde, em especial, com a assessoria do clube que o trata sempre com profissionalismo e que o defendeu quando ele estava prestes a ser enquadrado por um comissário da Conmebol e ser retirado da zona mista.

Ao me aproximar, disse-lhe textualmente: Isso aqui não é zona mista não. Você sabe que não pode ficar aqui, cara. Você tá errado. Você tá errado. Você gosta de ficar dando porrada nos outros. Cumpre as porras que você não cumpre. Você tá errado. Foda-se. Você tá errado. Em seguida, após adverti-lo (de forma enérgica sim), eu disse: hoje você está me conhecendo.

No vídeo que gravou após o jogo, Gabriel se fez de vítima e atuou para me acusar de uma falta que não cometi - embora eu tenha sido enérgico sim em defesa do clube que torço, amo e defendo desde que me entendo por gente. Como visto no vídeo deste post, a versão de Gabriel é léguas distante da realidade.

Ademais, não nego que tenha me exaltado. Mas não o ameacei. Esta foi apenas mais uma inverdade do youtuber. Não foi a primeira vez que faltou com a verdade. Na semana passada afirmou, às vésperas do jogo mais importante do ano, que havia um desentrosamento e isolamento entre Marcelo e o restante do elenco. Isso gerou indignação minha, do elenco e de muitos tricolores Brasil afora. Mas me mantive em silêncio para não criar distúrbios maiores. Quanto ao elenco e à comissão técnica, cada um se manifestou na medida de sua indignação. Diante da revolta generalizada, sentiu-se pressionado.

A indignação contra Gabriel se deveu à sucessão de mentiras que proferiu. Eis algumas delas: que o auxiliar técnico Eduardo Barros foi advertido por Paulo Angioni, o diretor de futebol, por discutir com um torcedor; que havia problemas e olhares tortos entre a equipe técnica de Fernando Diniz e comissão permanente do clube; que o diretor de marketing e comunicação, Ronaldo França, em reunião específica, havia determinado uma lei do silêncio - e a verdade é que o Ronaldo sequer esteve no CT nesse dia. Mentiras e mentiras.

Voltando ao tema, não foi a primeira vez que desrespeitou a zona mista. Em Buenos Aires, também desrespeitou as regras da Conmebol. Foi advertido por nossa equipe lá e voltou a fazer aqui no Rio de Janeiro, onde também fez vídeos fora das zonas permitidas pela Conmebol.

Por fim, jamais houve censura ou haverá a qualquer profissional de imprensa. Sou filho, sobrinho e irmão de jornalistas, profissão que respeito e admiro. Tanto é que na semana passada, mesmo com os ataques infundados, ficamos calados, trabalhamos, respeitamos todas as publicações feitas e focamos no jogo importante que tínhamos. Os tricolores sabem que o caminho é árduo, longo, mas que com erros e acertos, com vitórias e derrotas, estamos novamente no topo do futebol brasileiro.

Saudações Tricolores e vamos curtir nossa classificação que é muito mais importante do que qualquer fofoca ou choradeira."

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