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Turra cita estado de urgência no Santos, mas elogia personalidade de jovens

Paulo Turra, técnico do Santos, na sua estria contra o Blooming, pela Sul-Americana - Guilherme Dionízio/Agência Estado
Paulo Turra, técnico do Santos, na sua estria contra o Blooming, pela Sul-Americana Imagem: Guilherme Dionízio/Agência Estado

Do UOL, em São Paulo (SP)

29/06/2023 22h25

O técnico Paulo Turra mencionou o "estado de emergência" em que assumiu o Santos, mas destacou a personalidade dos jovens da equipe após o empate em sua estreia.

Meninos da Vila aprovados: "Tivemos um volume de jogo bastante bom, algumas oportunidades interessantes, posse de bola. Um grupo jovem, muito jovem, que foi bem e teve personalidade".

Estralar de dedos: "Trabalhando os comportamentos, vamos recuperar a confiança. Não é em um estralar de dedos, falei na apresentação que é um estado de emergência pela colocação no Campeonato Brasileiro".

Estado de urgência: "É um estado de urgência, acelerando processos. Mas, no contexto do jogo de hoje, sem chance de classificação, vejo coisas muito boas".

Time reserva: "Colocar os jovens hoje é justamente para observá-los e colocar eles nessa situação. Se não ganhar, pressão existe. Tenho que ter equilíbrio, sensatez, e é esse processo que vamos fazer".

Contente com o que viu: "Tirando o resultado, estou contente com o aproveitamento que tiveram. Eles sabem o que nós pedimos, falamos e treinamos. Não aconteceu a vitória, mas tenho que ter equilíbrio de cobrar, apoiar e montar o próximo jogo. O próximo jogo, sim, é a nossa decisão".

O que aconteceu

Cumprindo tabela, o Santos só empatou com o Blooming em sua despedida da Sul-Americana. Já eliminadas na chave E, as duas equipes não saíram do zero na Vila Belmiro, pela sexta e última rodada da fase de grupos.

Turra escalou um time completamente reserva para a sua estreia — ele foi anunciado na última sexta (23), mas não comandou a equipe no final de semana. Os titulares ficaram como opção no banco de reservas, enquanto Ângelo, negociado com o Chelsea, não esteve disponível na partida.

O Alvinegro praiano perdeu um pênalti no fim e teve o domínio das ações, mas também chegou a flertar com a derrota. Deivid Washington desperdiçou três chances na pequena área, enquanto Vladimir fez duas defesas para evitar o gol adversário.

O Peixe volta a campo no domingo (2) para enfrentar o Cuiabá, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe está em 13º, com 13 pontos, e não vence há 11 jogos.

O que mais Turra disse na coletiva

Pedido por intensidade: Não estou para espanar, falar loucuras. Pedi intensidade, competição, ebulição e vibração no vestiário. Quem esteve presente viu que o nosso vestiário está muito forte. O caminho está aí e vai acontecer".

Jogadas ensaiadas: "Ensaiamos jogadas, muitas aconteceram e o gol não saiu por detalhe. Caímos de produção no segundo tempo, mas criamos. Conversamos com eles nos quatro treinos sobre alguns comportamentos, e procuraram fazer. Não vencemos, mas foi pouco tempo de trabalho e levamos os momentos bons".

Chances perdidas: "Eu cheguei agora e trabalhamos jogadas ensaiadas hoje, às 10h, por 45 minutos. E as bolas aconteceram, as primeiras três eram para três gols e não deu. Mas temos que acelerar o processo. Temos que encarar de frente, não fugir da responsabilidade. Temos ainda muito campeonato pela frente, mas emergência".

Importância da pressão: "Nivelado à tática e técnica, a pressão é tão importante quanto. Eu, como treinador, tenho que me preocupar, sim, sobre isso. Falei com eles sobre aplicar comportamentos dentro da nossa ideia, com convicção.

Venda de Ângelo: "É assunto da direção".

Gols perdidos: "Deivid perdeu gols, sim, mas estava ali. É um jovem, tem potencial enorme e, acompanhando os treinos, isso vai fortalecer meu pensamento daqui para frente.

Apoio da torcida: "Estamos em uma grande equipe e não vejo que a nossa torcida vai voltar e pressionar. Nos pressionamos porque queremos vencer, a nossa torcida será sempre aliada, ainda mais no alçapão na Vila. Nós temos que carregar a torcida com intensidade, vibração, jogando para frente.

Resgate do DNA: "Um time que ataca, que tem muita posse, que é vertical e se defende bem. Resgatando essa identidade. Estou aqui para isso e vamos resgatar. Falar é fácil? Eu falo porque, dentro do processo de trabalho que eu tenho, tenho convicção nisso aqui.

Chave virada: "Viramos a chave quando cheguei e eu, junto com comissão e estafe, temos que saber que somos o Santos, o todo. Esse todo tem que ter direcionamento e eu estou dando esse direcionamento ao Santos".

Lucas Lima: "Conheço ele do Palmeiras. Se pegar GPS, é um dos que mais correm. Conversei com ele sobre correr certo, não vai correr para pegar a bola o tempo todo, vai correr certo com e sem bola. Vou dar o caminho. Se ele seguir, pronto. Se não, tomarei minhas decisões. Ele tem intensidade, mas tem que ser coordenada e orientada".

Resultado em casa: "Empatar em casa, se despedindo da competição, uma série de coisas. Eu preciso ver o todo. E esse todo não chego a dizer que foi melancólico... O lado psicológico conta muito por todo o contexto, mas eu preciso me preocupar com o lado emocional e parte tática e técnica. Com equilíbrio e sensatez, acreditando nos processos, a gente vai dar o primeiro passo. Quando dermos o primeiro passo, daremos o segundo".

Atuação de Kevyson: "Está aqui estreando um jovem. O Santos tem essa característica. Ele teve personalidade e jogou muito bem, tomou pancada no joelho e suportou boa parte do segundo tempo. Vejo detalhes, coisas boas, para no contexto a gente conseguir potencializar o grupo".

Jogo contra o Cuiabá: "Importantíssimo, nossa Copa do Mundo. A equipe do último jogo do Brasileiro fez trabalhos táticos no segundo dia pós-jogo, já visando. E dentro do que eu vi hoje, alguns jogadores podem ter oportunidade. Temos que ultrapassar esse momento ruim, estamos vivendo um dos maiores mantos do futebol mundial e temos que fazer isso valer".

Aplicação nos treinos: "Esse direcionamento é de ter ideias claras, dentro do perfil de equipe que temos, do que eu acho que pode evoluir ou mudar de perfil, de comportamento e ideia. Estamos aplicando isso em três ou quatro treinos, porque hoje de manhã foi só bola parada. Não estamos aqui para ouvir, estamos para aplicar".

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