Luxa diz que Sul-Americana não é prioridade e fala sobre venda de Pedro
O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, admitiu que a Sul-Americana não será uma prioridade da equipe no restante da temporada. A equipe, que venceu o Liverpool-URU, vai jogar os playoffs do torneio após fechar os grupos da Libertadores na 3ª posição.
Foco em duas competições. "Vamos caminhar com o elenco. Quando falei que não tínhamos elenco para disputar tudo é porque a Libertadores é uma competição totalmente diferente do que é a Sul-Americana. Temos que botar jogador para dar experiência, mas depende muito do momento, dos adversários... o que eu penso — e que já conversei com os dirigentes sobre o que vamos fazer — é que temos a Copa do Brasil, que é uma competição de seis jogos para ganhar, e temos que buscar via Campeonato Brasileiro a vaga na Libertadores. Não tenha dúvida que, entre a Sul-Americana, Copa do Brasil e Brasileiro, as duas últimas vão ser as prioridades. A Sul-Americana vai também estar dentro da programação. O importante é que essa molecada está pegando jeito e confiança para você acabar tendo que usá-los em momentos mais difíceis."
Raio-x do jogo de hoje. "O resultado foi aquilo que os jogadores produziram dentro do campo, não foi só fazer os gols. Fizemos três, mas tivemos diversas possibilidades. É bom que você crie bastante possibilidade nos 90 minutos para sair com a vitória como eles fizeram hoje."
Venda de Pedro ao Zenit. "Está encaminhada. Não posso falar que está definido. No meu pensamento, o futebol é igual macarrão. Macarrão se come quente, se esfriar é muito ruim. Você não vai para uma lanchonete italiana e comer macarrão frio. São coisas do futebol. A base é um ativo do clube. Se aparecer uma possibilidade boa de negociação, não vejo por que não fazer. Vamos deixar caminhar. Está caminhando para consolidar essa venda. Dentro de uma conversa com os dirigentes, chegamos a um consenso. Se aparecer a proposta e confirmar, eu vejo como uma transação de futebol pelos valores envolvidos de mercado. É uma transação que faz parte. É até bom porque é um moleque que estava aí e todo mundo estava falando... Futebol é negócio, precisa fazer caixa. Eu, particularmente, acho que o ativo do clube está muito nas categorias de base."
Protestos nas arquibancadas. "Não vou falar se é merecido, mas é um direito que o torcedor tem de protestar. Achei um protesto tranquilo e sem violência. Não vejo nenhum problema, é melhor do que quebrar ônibus e machucar alguém. Eles não estão gostando e isso faz parte do futebol, foi um protesto pacífico. Cabe à gente, dentro do campo, mostrar que temos condições. Eu me surpreendo porque já fui muitas vezes adversário do Corinthians. Contra o Atlético-MG, o ambiente da torcida foi fundamental para a gente tirar o prejuízo e passar na Copa do Brasil. A torcida, estando com a gente, é fundamental. Se eles quiserem protestar, é um direito como fizeram hoje. Ficou claro pra nós a importância dela dentro do jogo."
Saída da Libertadores. "A desclassificação faz parte do processo que nós entendemos que não houve a produção que queríamos. Criamos a possibilidade contra o Argentinos Juniors quando empatamos o jogo, e depois tivemos o jogo com o Del Valle que não foi uma boa apresentação. O jogo de hoje foi bom para a garotada. Não me recordo se teve alguma vez no Corinthians que tantos jovens da base jogaram numa competição como essa. É legal porque eles vão amadurecendo, e é difícil porque a cobrança é muito forte. A saída da Libertadores é triste, mas é uma realidade, temos que trabalhar para recolocar o Corinthians na Libertadores."
Jovens soltos. "É que a gente não abre todo treino, mas o que mais incentivo essa molecada é a dar drible. Com o drible, eles desequilibram qualquer esquema tático. Essa foi a grande característica do Brasil quando ganhamos os mundiais. Hoje, temos a tática e estamos perdendo o drible. Temos que incentivar os moleques a quebrar linha. A gente faz isso constantemente e incentiva isso para que eles possam fazer no treinamento. Quando eles estão bem treinados, eles vão chegar dentro do campo e fazer isso. Na palestra, usei o termo 'responsabilidade com irresponsabilidade'. Não usei exatamente esse termo, mas falei: 'Se divirtam'. Tem que ter a responsabilidade tática, mas tem que se divertir jogando bola."
Trabalho com os garotos. "Trabalhei um jogo falando pra eles que teriam uma chance muito boa de jogar na Libertadores buscando a Sul-Americana e ter mais chances. Eu não vejo nenhum problema de chamar a molecada e botar para jogar, faz parte. Eles estão prontos e estou satisfeito."
Wesley. "Ele promete muito, ele tem tudo que tem que ter hoje: é forte, ambidestro, tem drible. Falo muito com ele para que entenda a hora que não precisa driblar, como na intermediária, mas quando tiver que entrar na área, que entre provocando. Falo que ele já conseguiu clarear a jogada, às vezes quer dar um drible a mais. Isso ele vai aprender com cobrança, com esporro... ele, no mano a mano, dificilmente um marcador consegue parar ele. Ele vai ter que encontrar esse 'timing'."
Felipe Augusto. "Tem treinado bastante. O gol que ele fez é típico de centroavante. É um jogador que também estamos trabalhando para que finalize e cabeceie mais. Tem também o Giovane, que joga do lado do campo, mas acho que pode ser um jogador por dentro porque tem velocidade, só precisa direcionar. Ele tem potencial. São moleques que estão evoluindo."
Versatilidade de Matheus Araújo. "O meio é o coração da equipe. Sempre gostei de volantes com qualidade para jogar porque quando você desarma, consegue usar melhor o campo quando tem habilidade. Aí vem o avanço do futebol: a tática continua sendo a mesma, mas a intensidade do jogo mudou. Para eu ter um jogador hoje no meio, precisa ser técnico e intenso. Os volantes precisam ter isso dentro do jogo. O Matheus Araújo é um jogador dinâmico, essa intensidade é fundamental. Sobre o gol: eu faria aquele gol.
Camisas do Corinthians para torcedores:
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