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Com mais mulheres à frente, seleção feminina vive rotina inédita na Copa

Jogadoras da seleção brasileira feminina se reúnem antes de jogo - Reprodução/Instagram
Jogadoras da seleção brasileira feminina se reúnem antes de jogo Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, no Rio de Janeiro

02/07/2023 04h00Atualizada em 02/07/2023 12h30

Classificação e Jogos

A seleção brasileira se prepara para a nona Copa do Mundo feminina e terá em 2023 algumas conquistas inéditas depois de reformular o departamento na CBF nos últimos quatro anos.

Ineditismos

A seleção brasileira feminina vai viajar em voo fretado pela primeira vez na história.

A delegação será em número recorde: 31 pessoas, sendo 17 mulheres - mais da metade da equipe.

Criou-se também o Núcleo de Saúde e Performance que conta com médicos, fisioterapeutas, psicólogos, ginecologista, entre outros.

Uma mulher também comandará a seleção pela primeira vez em uma Copa.

Avanços

Antes da lista de convocação ser anunciada por Pia Sundhage, Ana Lorena Marche, gerente de seleções femininas da CBF, destacou os avanços feitos até esse momento.

A seleção venceu o Chile no último amistoso antes da viagem.

Já pensando na adaptação ao fuso horário da Austrália, a delegação viaja às 5h (de Brasília) e faz apenas uma parada para abastecimento no Taiti antes de seguir para Brisbane.

O voo exclusivo foi muito comemorado internamente, especialmente pela importância da preparação com a diferença grande de fuso. A expectativa é já realizar alguns trabalhos dentro do avião.

Além das medidas da CBF, essa Copa também marcará uma estrutura inédita da Fifa para as seleções, que terão uma base no país, como as masculinas já fazem. A do Brasil será em Brisbane.

Em 2027, a expectativa é que a premiação da Copa seja igual para o torneio feminino e masculino.

A premiação para a Copa do Mundo Feminina de 2023 será de US$ 150 milhões (cerca de R$ 792 milhões). O valor é dez vezes maior do que 2015 e três vezes superior ao de 2019. Na masculina são US$ 440 milhões (R$ 2,3 bilhões).

CBF mais feminina

Nas Olimpíadas de 2016 a seleção brasileira não tinha mulheres na comissão técnica.

Isso mudou para a Copa do Mundo de 2019, quando a delegação contava com uma assistente e uma fisioterapeuta. Isso porque a partir de 2016, a Fifa exigiu que qualquer seleção que dispute um torneio feminino da entidade precisa ter ao menos uma mulher na comissão técnica e uma na comissão médica.

Se comparado à edição anterior, na França, são nove pessoas a mais na delegação e quatro vezes mais mulheres.

A mudança se refletiu também no comando na CBF. Se antigamente pessoas com zero experiência e ligação com a modalidade acabavam em cargos da entidade, desta vez algumas decisões são tomadas por profissionais com história no futebol feminino.

Exemplos disso são Aline Pellegrino como gerente de competições e Ana Lorena Marche na supervisão das seleções.