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Luxa despista sobre demissão e lamenta gol: 'Tem que ficar na p... da bola'

Do UOL, em São Paulo

06/07/2023 00h41

O técnico Vanderlei Luxemburgo, do Corinthians, evitou falar sobre uma possível demissão no cargo e lamentou o gol que definiu a derrota de sua equipe contra o América-MG, em jogo realizado na noite desta quarta-feira (5) pela ida das quartas de final da Copa do Brasil.

Pergunta sobre demissão, resposta sobre atuação. "Até tomarmos o gol, éramos superiores. Tomamos gol em bola parada em que houve uma falta, ele deu o cartão e ficamos esperando não sei o quê. Aí eles bateram a falta rápido e fizeram o gol. Estávamos bem postados e, depois do gol, desorganizamos. Hoje, a equipe jogou em cima do América. Esse resultado foi pior do que o do Atlético-MG ou melhor? Pelo volume de jogo, pelas situações que criamos [foi melhor] É Copa, e não Campeonato Brasileiro. Se levarmos esse volume de jogo e intensidade, temos condições de passar, é um jogo de 180 minutos. Se fosse no Brasileiro, eu iria falar: 'caramba...'. Mas é Copa, temos que levar os outros 90 minutos para frente. Foi um resultado ruim? Foi, mas é Copa. É diferente de Campeonato Brasileiro."

Revolta com gol sofrido. "Você não pode fazer uma falta, o cara bater rápido e a nossa defesa estar desprotegida, não pode. Tem que alguém ficar na p*** da bola e tomar cartão de novo. Você vai deixar seguir e deixar desarrumado? É a origem do que aconteceu. O cara pega, bate a bola e o outro saiu nas costas do Gil. A bola não pode sair tão rápido, tem que alguém ficar na frente, tomar amarelo e aí a defesa fica ajustada."

Duas substituições não realizadas. "Minha preocupação era fazer um gol e não tomar o segundo, porque quebraria tudo. Eles ficaram com a opção de contra-ataque e até tiveram alguns, mas aí aparece o Cássio, que é um goleiro que faz a diferença. Não tem obrigatoriedade de fazer cinco substituições se o time está criando. Na minha análise, não teve necessidade de fazer mais substituição."

Nova postura depois de tomar o gol. "Sair na frente é diferente. No 1° tempo, houve um erro nosso. Quando saiu o gol, continuamos a atacar o espaço, o Yuri fez bastante isso, mas depois eles recuaram e começamos com lançamento. Fizemos isso [empurrar o adversário para trás] depois com Matheus, Roger, Biro e o próprio Fagner. Fomos jogando o América para trás e tivemos situações em que poderíamos fazer o gol, mas não deu. Tem que sair o gol."

Vanderlei Luxemburgo elogiou postura da equipe após tomar gol do América-MG - FáBIO BARROS/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO - FáBIO BARROS/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO
Vanderlei Luxemburgo elogiou postura da equipe após tomar gol do América-MG
Imagem: FáBIO BARROS/AGÊNCIA F8/ESTADÃO CONTEÚDO

Caso Luan. "Precisamos ter paz no futebol e na vida. É um negócio meio absurdo, você não consegue ter nada. Você vai pra não sei onde: é assalto, toma bala perdida... no futebol, precisamos ter paz. Sou contra a violência. Eles fizeram um protesto na Arena pacífico, que faz parte. A gente quer paz na vida de todo mundo, não só no futebol."

Novos reforços? "O Rojas foi contratado, ele joga em duas ou três posições dentro do campo. Com a nossa dificuldade, a gente vai fazendo coisas que pertencem ao futebol. Hoje saio daqui com o resultado 'ruim' e também satisfeito porque um moleque de 17 anos [Moscardo] entrou e jogou como se jogasse há muito tempo. Você vai descobrindo situações. Fico feliz pelo Moscardo, que entrou em campo com propriedade. Quando começamos a jogar o América-MG para trás, ele foi o jogador que mais encontrou espaço nas linhas e fugiu da marcação com algumas jogadas de força. Feliz por ele, que tem cabeça boa.

Sequência. "Foi ruim, mas não acabou, vamos pensar no Atlético-MG. No Brasileiro, precisamos reagir muito rápido. Não dá para adiar. No vestiário, senti que os jogadores pensaram que faltou botar a bola para dentro."

Renato Augusto. Se hoje fosse uma final, ele jogaria, como foi feito contra o Atlético-MG. Se a final fosse hoje, ele iria até de bengala. Perder é ruim, mas transferir para o nosso estádio a possibilidade de passar para frente [é aceitável. Está aberto. Podemos ganhar do América. Vamos trabalhar o Renato e ver como é que vamos colocar ele para, quando chegar em jogo decisivo, ele poder render."

Jogadas ofensivas. "O crescimento está existindo, não me recordo, nesta minha nova passagem, de termos tanta volume e intensidade de fazer o goleiro deles trabalhar. No próximo jogo, temos possibilidade de conseguir o resultado. Feliz pela postura de, quando esteve atrás, jogar o América-MG para trás. Temos treinado, e hoje ficou caracterizado: o goleiro deles trabalhou bastante."

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