Delegado diz que homem confessou ter atirado garrafa que matou palmeirense
O delegado do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Polícia Civil), Cesar Saad, afirmou que o torcedor do Flamengo que foi preso confessou ter arremessado a garrafa que causou a morte da palmeirense Gabriella Anelli. A declaração foi dada ao Brasil Urgente, da Band.
Confissão: Ele alega que realmente arremessou [a garrafa]. Primeiro confessou, depois disse que jogou pedras de gelo nos palmeirenses. Nós vimos, por imagens".
Busca por novas imagens: "Temos uma equipe agora no Allianz para obter novas imagens. Que a gente consiga mais um indício de que ele arremessou essas garrafas".
Como começou a confusão: "Por volta de 17h30, as câmeras externas do Allianz mostram que quatro vans de torcedores do Flamengo chegam no portão de acesso de entrada dos visitantes. Ali que começou a provocação, o xingamento. Torcedores descem, havia divisória, mas tinha uma brecha. Ali foi aberto e começou a discussão que culminou na morte com o arremesso da garrafa".
Quem é o torcedor preso: "Ele não tinha passagem pela policia. É do Rio de Janeiro, veio a São Paulo para assistir ao jogo. É ex-integrante de uma torcida organizada do Flamengo. Ele ser ou não de organizada, a policia vai sempre atuar com imparcialidade. É criminoso, está respondendo por homicídio e vamos tratar assim quem pratica crimes de violência dentro do estádio".
O que aconteceu
Gabriella Anelli morreu após ter sido atingida por uma garrafa de vidro antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo, pelo Brasileirão. A PM informou que a jovem foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa e passou por cirurgia, mas teve duas paradas cardíacas e não resistiu.
Leonardo Felipe Xavier Santiago foi preso em flagrante, apontado como responsável por arremessar a garrafa. A informação foi dada por Mauro Cezar Pereira, durante o Posse de Bola, e confirmada pelo delegado César Saad em entrevista coletiva realizada nesta tarde.
A confusão entre torcedores que vitimou Gabriella aconteceu na rua Padre Antônio Tomás, na divisão da torcida visitante do Allianz Parque. A partida teve início às 21h (de Brasília), mas o confronto entre os torcedores ocorreu cerca de três horas e meia antes.
Santiago foi denunciado por homicídio doloso consumado, quando há a intenção de matar, após a confirmação da morte de Gabriella. O homem de 26 anos já fez parte da torcida organizada "Fla Manguaça", de acordo com as autoridades, mas não foi ao jogo em caravana — portanto, o caso é tratado como uma ação solitária.
A polícia busca novas imagens para o eventual reconhecimento de outras pessoas envolvidas no caso. O delegado afirmou que o inquérito para a identificação de outros torcedores é também de organização criminosa e provocação de tumulto.
O que mais ele disse
Homicídio consumado: "Hoje, com a morte, o crime passou de homicídio tentado para homicídio consumado, qualificado por motivo fútil. Qualificadora de motivo fútil já é uma pena maior. Com certeza, ele deve permanecer preso".
Outros responsabilizados: "Estamos trabalhando com imagens para identificação de outros autores de arremessos de garrafas".
Arma do crime: "Com a venda da bebida no entorno do estádio, garrafas acabam servindo de armas para brigas. Hoje, fatalmente, levou à morte. Dentro do estádio é proibido. A garrafa claramente foi usada como arma".
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