Leifert se desculpa após fala sobre palmeirense morta e diz que errou
Tiago Leifert publicou um vídeo nas redes sociais se desculpando pelo que disse anteriormente sobre a morte de Gabriella Anelli, torcedora do Palmeiras.
O que aconteceu:
O jornalista se desculpou por ter dado informações erradas durante o podcast "3 na Área". Ele havia afirmado que a jovem foi morta após confronto entre palmeirenses e flamenguistas no portão A do Allianz Parque durante o jogo de sábado (8). Porém, o Boletim de Ocorrência diz que o tumulto que resultou na morte da torcedora foi próximo ao portão D, antes da partida.
Apesar das desculpas, ele disse que Gabriella era de torcida organizada - o que não foi confirmado até o momento - e que organizados assumem um risco.
Leifert ainda propôs uma reflexão sobre o papel das organizadas e questionou o motivo de elas terem passe livre.
Antes que tome uma proporção maior do que merece, eu queria pedir desculpas por um erro que eu cometi hoje no "3 na área", um erro de informação, um erro baseado nos relatos de quem estava ali, de Polícia Militar e imprensa. Mas que agora de tarde, horas depois, a gente já sabe com mais detalhes o que aconteceu. Eu havia dito que a torcedora assassinada estava no confronto do portão A. Agora, a gente sabe que não. Eu li o B.O., e ela estava próxima ao portão D. Voou uma garrafa da organizada do Flamengo em direção à torcida do Palmeiras e a atingiu no pescoço. Então, peço desculpas"
O que mais ele disse:
Gabriella pertencia a uma organizada: "Ela era de uma organizada, a menina que faleceu. Não muda o fato, não muda a tragédia que é, não muda nada. E mesmo que ela estivesse ali no portão D, provocando, batendo um tambor, cantando alguma coisa, não muda nada, não muda nada. Porque veio uma garrafa do outro lado e matou ela".
Risco em fazer parte: "Mas infelizmente hoje, quem é de organizada, assume um risco, quem hoje é de uma torcida organizada, assume um risco. Ela era da organizada, o Flamengo ali do outro lado era da organizada. Uma organizada que vai a um estádio, assume um risco, uma organizada que vai a um outro estado de ônibus, assume um risco. Todos os conflitos e confrontos que acontecem, todas as tragédias que acontecem, são com organizadas, todas".
Papel das organizadas: "E é disto que nós temos que conversar, é isto que precisa ser conversado, é o papel das organizadas que precisa ser discutido. O meu? Eu faço aqui uma mea culpa quando eu erro. Por que as torcidas organizadas ainda estão por aí? E por que elas ganham, em um dia como hoje, passe livre".
Importância dos assuntos: "Em um dia como hoje, o meu erro de informação de manhã, é muito mais importante do que o fato real, que é uma pessoa morreu em um confronto de organizada".
Aviso que alguém ia morrer: "Eu fico muito chateado com tudo, porque eu estou há semanas no "3 na área" avisando que alguém vai morrer. Quem me acompanha, sabe que eu estou há semanas falando que alguém vai morrer. E isso não sai em lugar nenhum, isso não sai em lugar em nenhum, ninguém faz nada, ninguém fala nada, vida que segue. É do futebol, o Luan tem que apanhar mesmo porque ele é rico, ganha bem, tem que apanhar; jogador tem que apanhar, jogador não pode sair de casa, tem mais é que tomar porrada e vai passando para lá e para cá. E o verdadeiro problema, a gente não discute".
Fala polêmica:
Hoje mais cedo, Leifert afirmou que Gabriella foi atingida por uma garrafa após torcedores do Palmeiras irem para cima de dois torcedores do Flamengo no portão A.
O jornalista também afirmou que a palmeirense era parte da Mancha Verde e assumiu um risco por ser de torcida organizada.
Ela é da Mancha Verde. Ela não estava na bilheteria ou entrando no estádio. Ela estava do lado de fora, junto com aqueles torcedores, quem já foi ao Allianz sabe como funciona. Tem gente que entra no estádio e tem uma boa parte da organizada que fica na rua para bater nas pessoas que passam. Se passar um torcedor do Corinthians, se passar uma pessoa de vermelho, eles vão perguntar por quê. Ela não merecia ter morrido, lógico que não, mas ela assumiu um risco estando ali, porque ela estava na torcida organizada. Ela é da torcida organizada"
A morte da torcedora
Gabriella Anelli foi atingida por volta das 18h de sábado, antes do início do jogo, por estilhaços de uma garrafa de vidro, que foi lançada por um torcedor do Flamengo.
O estilhaço acertou o pescoço da palmeirense, atingindo a artéria. Ela foi levada para a Santa Casa, passou por uma cirurgia e teve duas paradas cardíacas, vindo a óbito na manhã desta segunda (10).
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