'Tiraram nossa menininha da gente', chora mãe de palmeirense morta
Os pais de Gabriella Anelli, torcedora que morreu após ser atingida por uma garrafa antes da partida entre Palmeiras e Flamengo, lamentaram a perda da filha.
Torcidas organizadas: "As pessoas falam que as torcidas organizadas são só de briga, não é verdade. Existem pessoas ali dentro que são negativas, mas a minha filha não, ela tinha vários amigos, fazia ações sociais, sempre ajudando, sempre amando o time dela. É lamentável o que aconteceu, tiraram a nossa menininha da gente", disse Dilcilene Prado Anelli dos Santos, a mãe de Gabriella.
Quando ficaram sabendo: "Nós também estávamos no jogo, estávamos esperando ela [entrar no Allianz Parque], porque a gente estava com a Mancha Verde, só que ela não chegou nem a entrar no estádio. Foi aí que aconteceu o assassinato, a gente fala que é um assassinato porque mataram a minha filha. Eu fiquei sabendo quando acabou o jogo, porque não tinha sinal de celular lá dentro para receber a ligação. Ela já tinha sido operada e estava saindo para a UTI. E hoje a gente teve a notícia que, infelizmente, ela não resistiu", Dilcilene.
Como estão se sentindo: "A gente não tem nem palavras nesse momento. A gente não sai de casa com o pensamento de que ela não iria voltar, não imaginava mesmo. Aí vem um marginal para cá [São Paulo] fazer uma atrocidade dessas, atravessa um estado para tirar a vida da minha filha", falou Ettore Marchiano Neto, o pai de Gabriella.
Gabriella tinha problemas de saúde: "A Gabriella sempre foi a luz da minha vida, minha menininha. Uma lutadora desde pequena, porque teve um problema de saúde [passou por cirurgia no coração]. Ela foi lutadora até o último momento na UTI, porque a gente viu ela voltando a respirar na UTI. Não foi o seu problema de saúde que tirou a vida dela, foi uma garrafa que cortou sua jugular, e agora a gente está sem ela aqui", Dilcilene.
Relação de Gabriella com o Palmeiras: "A diversão dela era praticamente essa [ir aos jogos], todos os finais de semana, as viagens que ela fazia. Foi a forma que ele encontrou. Tem meninas da idade dela que gostam de ir em shows, mas ela gostava do Palmeiras. A vida dela era essa: Palmeiras e a torcida", Ettore.
O que aconteceu
Gabriella estava internada em estado grave. A PM confirmou, ontem (9), o episódio e informou que a jovem foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa. Ela passou por cirurgia, teve duas paradas cardíacas e não resistiu.
A polícia afirma que duas confusões aconteceram antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo, uma na rua Caraíbas e outra na rua Padre Antônio Tomás, ambas nos arredores do Allianz Parque.
A confusão que vitimou Gabriella aconteceu na rua Padre Antônio Tomás, na divisão da torcida visitante. Ela foi atingida por estilhaços de uma garrafa de vidro.
Leonardo Felipe Xavier Santiago, 26, foi apontado como responsável por arremessar a garrafa e preso em flagrante. A informação foi dada por Mauro Cezar Pereira, durante o Posse de Bola, e confirmada pelo delegado César Saad, da Delegacia de Repressão aos Delitos Esporte (Drade).
Santiago foi denunciado por homicídio doloso consumado, quando há a intenção de matar, após a confirmação da morte de Gabriella. De acordo com o Drade, ele fez parte da torcida organizada "Fla Manguaça", mas não foi ao jogo em caravana. A polícia trata o caso como uma ação solitária.
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