Time peruano diz que prisão de preparador físico por racismo foi arbitrária

O Universitário (PER), rival do Corinthians na Sul-Americana, afirmou em nota que a prisão do preparador físico do clube por racismo foi arbitrária.

O que aconteceu:

O clube peruano defendeu que Sebastián Avellino foi preso sem direito a explicações e sem provas.

Eles afirmam que parte dos torcedores corintianos insultaram os jogadores e a comissão técnica peruana durante todo o jogo, chegando inclusive a cuspir neles, e que foi esta parte da torcida que acusou o preparador físico de atos racistas, ao final da partida.

O Universitário afirmou que Sebastián foi tratado como "delinquente no Brasil, passando a noite na cadeia, o que consideramos um feito inadmissível, difamatório e indignante."

O clube disse estar em contato com o consulado peruano no Brasil e com advogados em São Paulo, além de representantes do time.

Ao final da nota, o Universitário reafirmou sua posição contrária a qualquer ato de discriminação e ressaltou que seus funcionários cumprem essa política do clube.

Leia a nota na íntegra:

"O Universitário de Deportes informa a opinião pública, autoridades esportivas e torcedores do nosso clube o seguinte sobre a situação do nosso preparador físico Sebastián Avellino no Brasil.

Durante as últimas horas, a honra de um profissional de nosso clube tem sido manchada. Sebastián Avelino foi tratado como delinquente no Brasil, passou a noite em uma cadeia, o que consideramos como um eito inadmissível, difamatório e indignante.

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Durante toda a partida um grupo de torcedores da equipe local lançou insultos e cuspes a nossos jogadores e comando técnico. Essas mesmas pessoas que cometeram insulto, ao final do jogo, acusaram enfaticamente o preparador físico de atos discriminatórios.

Esta acusação deturpada e subjetiva é o que as autoridades brasileiras validaram como certa, sem direito a réplica, já ordenando sua prisão e encaminhamento para uma delegacia policial em São Paulo.

Como instituição esportiva atuamos de imediato diante desta situação que consideramos um absurdo. Contamos com o suporte do consulado do Peru no Brasil e com os serviços de um advogado em São Paulo. Junto a ele, representantes do clube também se encontram no país.

O Clube Esportivo Universitário repudia esse tipo de humilhação por parte das autoridades brasileiras que, sem nenhuma prova, pretendem realizar prisões arbitrárias.

Reafirmamos nossa posição de repúdio a qualquer ato e forma de discriminação. Nossos trabalhadores e colaboradores cumprem com integridade esta política do clube."

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Prisão por racismo:

Sebastian Avellino, preparador físico do Universitario, foi detido por fazer gestos racistas para torcedores do Corinthians, nesta terça-feira, após a partida entre as equipes pela Sul-Americana.

Ele foi encaminhado pelos policiais do estádio à delegacia do estádio e na madrugada foi transferido para outra delegacia.

Quatro torcedores do Corinthians foram prestar depoimento.

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