Justiça nega liberdade a preparador do Universitario preso por racismo

O uruguaio Sebastian Avellino Vargas, preparador físico do Universitario-PER, teve pedido de habeas corpus negado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

O que aconteceu

O desembargador Roberto Porto avaliou que não existem requisitos para a concessão da medida de urgência. Na decisão, ele destacou que o habeas corpus só se aplica nos casos em que "o constrangimento ilegal for manifesto e constatado de pronto".

O magistrado entendeu que o preparador do Universitario não teve violada sua presunção de inocência. Ele verificou "a presença de fortes indícios de autoria e de periculosidade social" e salientou que a prisão cautelar "se mostra adequada" pela conduta do profissional.

Sebastian Avellino Vargas foi detido em flagrante na madrugada de ontem (12). Após audiência de custódia, ele teve a prisão convertida para preventiva — a audiência não julga o caso, somente analisa a legalidade da prisão.

Detido na Neo Química Arena

O preparador foi preso por supostos gestos racistas para torcedores do Corinthians após a derrota do Universitario, na noite de terça (12). O Alvinegro venceu o jogo de ida dos playoffs da Sul-Americana, disputado na Neo Química Arena, por 1 a 0.

Ele foi encaminhado pelos policiais do estádio ao Jecrim (Juizado Especial Criminal) e depois para a delegacia. O Ministério Público decidirá se vai formalizar ou não uma denúncia, que o levaria a julgamento

A defesa do preparador alegou que a prisão preventiva seria uma medida desproporcional. Na argumentação, os advogados consideraram que ele é primário, possui residência fixa e trabalho lícito.

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