São Paulo e Dorival somam forças para voltar a derrubar Palmeiras de Abel
O São Paulo é a pedra no sapato de Abel Ferreira desde que o português chegou ao Brasil, mas não é só seu retrospecto contra o rival que o treinador do Palmeiras terá de superar para avançar na Copa do Brasil: Dorival Jr também tem se mostrado um rival à altura.
O que aconteceu
O São Paulo é um dos times que mais dificuldade causou ao técnico Abel Ferreira. O próprio português assume isso no livro "Cabeça fria, coração quente".
O que mais nos impressionava na equipa do São Paulo era a intensidade da marcação mano a mano, a todo o campo, durante praticamente os 90 minutos. Como resultado dessa marcação, que certamente treinavam todos os dias, o São Paulo era uma equipa muito forte nos duelos defensivos e ofensivos. Abel Ferreira, p.246 do livro "Cabeça fria, Coração quente".
Seis dos sete clássicos em que Abel saiu derrotado se deram contra o Tricolor paulista. O Corinthians de Sylvinho venceu um, enquanto o Santos jamais derrubou o português.
O retrospecto do Palmeiras de Abel contra o São Paulo é rigorosamente equilibrado: seis vitórias, seis empates e seis derrotas. De Hernán Crespo, passando por Rogério Ceni e, agora, Dorival Jr, todos conseguiram vencer o alviverde.
Dorival Jr é um dos sete técnicos que venceram o Palmeiras de Abel mais de uma vez. Dorival já havia batido o português quando estava no Ceará. Rogério Ceni lidera a lista, com cinco vitórias, Juan Pablo Vojvoda tem três e os demais somam dois triunfos: Felipão, Thiago Carpini, Maurício Barbieri e Sebastian Beccacece.
Em quatro partidas contra Abel, ou sua comissão, Dorival Jr só perdeu uma vez. O técnico são-paulino venceu com o Ceará por 3 a 2 no Brasileirão de 2022, empatou por 1 a 1 no mesmo torneio enquanto comandava o Flamengo e, depois de assumir o Tricolor, perdeu por 2 a 0 na atual edição do Brasileirão e venceu por 1 a 0 na Copa do Brasil.
O Tricolor tem a chance de se tornar um verdadeiro carrasco e vencer Abel em mata-matas pela terceira vez. Até agora, São Paulo e o Verdão de Abel estão empatados nesse tipo de duelo: um título paulista para cada lado, uma eliminação na Copa do Brasil para os tricolores e uma eliminação na Libertadores para o lado verde.
Esta foi uma derrota muito difícil de digerir. Não só pelo título que perdemos, como também pelo fato de não termos conseguido criar grandes oportunidades de gol nas duas finais. As marcações agressivas e individuais anularam o nosso jogo ofensivo nestes primeiros confrontos contra o São Paulo. Abel Ferreira, após perder o título paulista para o São Paulo, p. 253 do livro "Cabeça fria, coração quente"