Rojas ouviu dicas de Guerrero sobre Corinthians e fala do passado de lesões
O meia Matias Rojas foi apresentado oficialmente pelo Corinthians nesta sexta-feira. O paraguaio ex-Racing (ARG) deve estrear contra o América-MG neste sábado, na Neo Química Arena, pela Copa do Brasil. Ele assumiu a camisa 18.
Histórico de lesões: "A frequência é de acordo com a forma de ver. Todos se lesionam, tive quatro lesões e trabalho para não ter. Isso ocorre com os maiores e menores, são circunstâncias".
Conselho de Paolo Guerrero, ex-Corinthians e Racing: "Falou maravilhas do clube, do centro de treinamento, da cidade. Me indicou mais ou menos onde viver, que parte conhecer. Mas, futebolisticamente, falou que é um clube espetacular. E isso foi importante para mim".
Renato Augusto: "Renato é um craque total, vocês podem ver nos jogos e eu desfruto todos os dias. Me dou conta que é uma grande pessoa, me ajudou na adaptação, casa, carro...".
Pronto para estrear? "Preparado, sim. Vinha jogando, mentalmente bem. É decisão que escapa das minhas mãos. Não tenho poder nesse sentido. Preparado estou, mas se não for agora, será em outro jogo".
Nota da redação: Matias Rojas teve problemas musculares na coxa nas duas últimas temporadas, além de pubalgia e uma lesão no tornozelo. O período máximo sem jogar foi de um mês.
Veja a entrevista de Matias Rojas na íntegra
Primeiras impressões e momento difícil do Corinthians
"São momentos do futebol. Vi muito trabalho desde que cheguei, isso me deixou tranquilo. Sobre os protestos, a torcida tem direito de opinar e nós temos que fazer o máximo para dar satisfação ao torcedor".
Motivos para escolher o Corinthians
"Tomei uma decisão com a intuição. Tive muito tempo esperando algum clube que me movesse emocionalmente. Internamente, tratei de seguir a intuição. Quando chegou o Corinthians, falei com empresário, mulher, família, e senti que aqui era o lugar. Primeiro pelo Brasil, tinha vontade de jogar aqui, e muito feliz de num time tão grande".
O que esperar dele?
"Sempre há expectativa, estou ansioso e quero jogar. A torcida viu os vídeos, jogos meus. E muito não gosto de falar do meu jogo, trato de falar dentro do campo. Posso assegurar que darei meu máximo para o time fazer um pouco mais e aberto a aprender. Tenho muito a aprender e aqui é um lugar espetacular para seguir crescendo".
Grandeza do Corinthians
"Primeiro dia, já contra o Bragantino. Assisti, estava com meu pai, e nos demos conta, mesmo sabendo que era imenso, que poderia nos surpreender mais".
Renato Augusto e esperança para auxiliá-lo
"Já conhecia, é um jogador muito conhecido, todos sabem da capacidade dele. Nesses dias que treinei, pude conhecer mais, mas é diferente treinar e jogar. Jogar junto ou não é decisão do treinador, estou aberto. É aprender com todos e especialmente dos jogadores como o Renato. Sempre aberto a seguir crescendo".
Mais identificado com quais jogadores?
"Creio que cada um tem sua qualidade e seus pontos fracos, é parte de todos. O trabalho do treinador é encontrar a posição ideal de cada um. Mas como eu disse, os 25, 30 jogadores, todos são diferentes e têm coisas boas e pontos fracos".
Saída do Racing e como lidou com as vaias na Argentina
"O Racing é um clube que demanda muita pressão, muitíssimas coisas. E, no final, com o tempo que estive, o laço emocional era grande. Passei momentos difíceis, cresci, e agradeço 1000% pela oportunidade. Foi uma benção. Sempre que há laço emocional, as críticas doem mais. É nosso trabalho administrar isso. Foi um momento de raiva, nunca quis falar, e depois pude esclarecer a situação. Apenas palavras de agradecimento e desculpa por esse momento".
Condição física e Guerrero
"Sim [suporta 90 minutos]. Falei com Guerrero quando decidi jogar aqui. Tratei de, pelo momento futebolístico e contratual, tive um estafe para decidir. Não queria encher a cabeça mentalmente e buscar muitas opiniões, mas falei com o Guerrero. Falou maravilhas do clube, do centro de treinamento, da cidade. Me indicou mais ou menos onde viver, que parte conhecer. Mas, futebolisticamente, falou que é um clube espetacular. E isso foi importante para mim".
Demora para estrear
"Sigo em contato com o clube e com meus companheiros, mas não pude falar com a direção".
Histórico de lesões
"A frequência é de acordo com a forma de ver. Todos se lesionam, tive quatro lesões e trabalho para não ter. Isso ocorre com os maiores e menores, são circunstâncias. Um certo percentual é cuidado pessoal, que tenho 100%, e outra parte escapa das mãos, é do futebol. Mas nunca vou ter problema extracampo, minha vida é reservada e profissional, por isso estou em um clube imenso. Todos os jogadores estão expostos a lesões".
Conversa com Luxemburgo e América-MG
"Falei antes de vir, ele tem ideia de duas ou três posições para eu jogar. Falei que estou à disposição para o que queira em cada partida, pode mudar entre um jogo e outro. Para amanhã, estou com muita ansiedade, tenho muita vontade de jogar e estrear, ainda mais num jogo em casa. Temos pressão de ganhar, isso me motiva. Estou preparado e à espera da decisão do treinador".
Romero e torcida do Racing semelhante ao Corinthians
"Romero me recebeu de forma espetacular, é um amigo. Joguei no Cerro e na seleção paraguaia. Me recebeu muito bem, e todos os outros também, sempre abertos a tratar de me ensinar o idioma, estou me adaptando ao português. São boas pessoas e isso me facilita. Sobre a torcida do Corinthians, entendi quando cheguei. Não sabia quando tomei a decisão, só que era um clube grande exigente, mas vi agora que a torcida cobra e estou acostumado a isso. Tenho muita expectativa e ansiedade".
Romero, Balbuena, Gamarra...
"Conseguiram títulos, isso é gratificante do lado do jogador. Triunfar numa instituição grande. É o objetivo desse tipo de clube, que demanda tanto. Venho
[Coletiva é interrompida por uma música e Rojas brinca: "Fiquei perdido... Fiquei louco [risos]".]
"Tenho objetivos pessoais que se adequam aos objetivos do grupo. Todos sabem que o Corinthians tem que brigar por todos os campeonatos. Esse é o objetivo. Visualizei isso quando decidi jogar aqui, há alguns meses".
Cobrador de faltas e quarteto com Renato Augusto, Róger Guedes e Yuri Alberto
"Temos que falar com o professor [risos]. É decisão dele e não me meto, foco no meu jogo e na equipe. Preciso focar no meu para jogar bem. Podemos encaixar os 30 jogadores, o treinador tem esse grupo e todos estão preparados".
Pronto para ser titular?
"Preparado, sim. Vinha jogando, mentalmente bem. É decisão que escapa das minhas mãos. Não tenho poder nesse sentido. Preparado estou, mas se não for agora, será em outro jogo".
Melhor ano da carreira
"Creio que o melhor ano foi quando não fiz gols, isso me fez crescer pessoalmente, buscando os motivos para não fazer os gols. Para fora, sim, os seis meses foram lindos, encontrei o gol, assistências, um sistema de jogo lindo. Mas eu, pessoalmente, trato de valorizar os que chamam de maus momentos, é onde crescemos de fato".
Gols de fora da área
"Não me inspirei em ninguém, sempre treinei muito com meu pai, desde pequeno. Tínhamos um campo no Paraguai e treinávamos muito. Disciplina e trabalho dos meus pais. O único caminho para o êxito é o trabalho, além daquilo que construímos desde pequenos. Sempre treino e trato de aproveitar as qualidades que eu tenho".
Camisas 26, 10 e agora 18
"Não dou muita importância ao número. Sempre usei camisas diferentes. Dou importância ao escudo, trato de respeitar 100% a instituição e torcida".
Luxemburgo, gringos e Renato Augusto
"Renato é um craque total, vocês podem ver nos jogos e eu desfruto todos os dias. Me dou conta que é uma grande pessoa, me ajudou na adaptação, casa, carro... É espetacular ter um jogador tão grande e tão boa pessoa. Estou me adaptando a treinamentos mais curtos com tantos jogos. Conversamos bastante. O jogo vai nos dar mais conhecimento entre nós, mas estou com muita expectativa".
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