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Luxemburgo vai de 'pofexô' a paizão e conquista a molecada no Corinthians

Vanderlei Luxemburgo durante treino do Corinthians no CT Dr. Joaquim Grava Imagem: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Lucas Musetti Perazolli e Gabriela Brino

Do UOL, em Santos (SP)

14/07/2023 04h00

Não é à toa que o técnico Vanderlei Luxemburgo é conhecido como "pofexô". Experiente, vencedor, ele é fã da resenha e agora também ocupa o cargo de "paizão" da molecada.

Apesar de ter balançado no cargo recentemente, Luxa uniu forças, ganhou sobrevida e também o vestiário. O clima, segundo apurou o UOL, é leve. O treinador faz questão de deixar todos muito à vontade.

A atenção é muita, sobretudo, com os mais jovens. Errou? Ele para a atividade, explica, ensina e faz repetir. Até acertar, pacientemente. A ideia é não afastar os mais jovens pelos erros, mas trazer para perto.

O episódio em que Luxa puxou um pagode ao som de um pandeiro imaginário ao lado de Felipe Augusto, que se mostrou nervoso diante da imprensa após a partida contra o Universitário, na Sul-Americana, é apenas um trecho de como Luxa opta por comandar o dia a dia. Tem brincadeira, cantoria e dancinha, mas ele observa e leva muito a sério a criação dos seus meninos da base.

Aos poucos, o time titular vai ganhando alguns rostos novos. Enquanto alguns miram vaga, Luxa usa as competições continentais como um teste de fogo para entender quem está acima ou abaixo do que ele pretende.

Ele, inclusive, tem alguns frutos em seus primeiros meses de trabalho. Biro, por exemplo, tem ganhado chances frequentemente e caiu nas graças do treinador. Moscardo foi solução caseira de Luxa para o meio-campo. Até fez o Corinthians não ter pressa para buscar um volante no mercado. Ruan, que nem sequer iria renovar o contrato com o Corinthians, foi dono de gols em jogos consecutivos.

Por outro lado, não são todos que estão na lista de Luxa. Pedro, por exemplo, já vendido ao Zenit (RUS), é resguardado pelo treinador, que dá alguns poucos minutos em jogos pontuais, mas não o expõe. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, ele foi a campo por apenas quatro minutos contra o América-MG e não tem sido relacionado.

Luxa aposta, testa, improvisa e tenta tirar o que dá desses meninos. O retorno é certo: a molecada está fechada com o pofexô.

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