Abel quebra silêncio, fala sobre críticas e fase do time: 'vida que segue'

O técnico Abel Ferreira falou após o empate do Palmeiras com o Internacional, hoje (16), pelo Campeonato Brasileiro. Foi a primeira coletiva do treinador desde o "veto" da presidente Leila Pereira.

Sequência sem vitórias: "O que posso dizer mais, é continuar a trabalhar. É assim que os campeões fazem. Não conheço nenhum campeão que só ganha. Os campeões são aqueles que levam as pancadas e continuam. Se querem um treinador que só ganhe, procurem, porque não sou eu. Já tinha avisado. É bom para aqueles que querem zoar o Palmeiras, o treinador. É seguir em frente. Vida que segue".

Momento do Palmeiras: "Agora têm a oportunidade de criticar. Mas somos a equipe que tem mais títulos. Minha função é ter equilíbrio e calma. Hoje, o número 1 do mundo no tênis [Novak Djokovic] perdeu [a final de Wimbledon para Carlos Alcaraz]. Chegou a nossa vez de perder, e vamos perder novamente. O mais importante é o que nós fazemos no CT. Se querem um treinador que só ganhe, tem que trocar, porque eu não só ganho".

Copa do Brasil e permanência no clube: "Dar os parabéns ao São Paulo. Não sei quantos títulos eles ganharam nos últimos anos, mas nesses dois últimos jogos foram melhores. Quando eu sentir que, dentro, não estamos alinhados, vou embora. Se estou aqui é porque acredito no que estamos fazendo. Quantas vezes disse que não ganharíamos sempre. Nem sonhei que ganharíamos oito títulos. Se está mal, peço desculpas".

Nota da CBF: "Eu conheço o futebol brasileiro melhor do que nunca, e não vou tirar uma vírgula do que eu disse. Quando você vê a CBF fazer um comunicado apenas para o Palmeiras quando outros técnicos fizeram [o desabafo], me faz pensar sobre o que quero para mim. Eu reflito sozinho, começo a pensar no que vale a pena".

O que mais disse Abel Ferreira

Empate no Beira-Rio: "Se tivesse que ter um vencedor seriamos nós. O goleiro deles segurou um ponto. Merecíamos mais, mas o futebol é assim. As equipes mais eficazes fazem pontos".

Janela do meio do ano e baixa do elenco: "Tive ofertas para ganhar o dobro, é normal que os meus jogadores também tenham sido [procurados], e não podemos. E é normal que isso mexa com a cabeça dos jogadores. O período coincidiu com baixa física de alguns jogadores".

Experiência no futebol brasileiro: "Penso que estou preparado para trabalhar os melhores clubes do mundo. Depois de estar aqui, estou preparado para trabalhar nos melhores do mundo. Quando chegar a minha vez, serei [demitido]. Muito orgulhoso do que fiz com a minha comissão técnica".

Deixe seu comentário

Só para assinantes