Diniz ironiza após Fla-Flu: 'Estou de parabéns por não ter sido expulso'

Fernando Diniz fez críticas à arbitragem do empate sem gols entre Fluminense e Flamengo neste domingo (16), disputado no Maracanã, pela 15ª rodada do Brasileirão.

Em coletiva de imprensa, o técnico do Flu, recentemente escolhido para também comandar a seleção brasileira, afirmou que merecia uma vitória no clássico e ironizou a condução da arbitragem do confronto.

Uma coisa positiva da arbitragem: não teve ninguém expulso no Fluminense. Era um jogo para ter jogador expulso, pela maneira que a arbitragem conduziu. Até eu estou de parabéns por não ter sido expulso. É a única coisa que tenho para falar da arbitragem."
Fernando Diniz

O que mais ele disse

O jogo: "Começou um pouco mais estudado, com o Flamengo marcando mais alto. Ficamos na dúvida se saíamos mais curto ou longo. Já no segundo tempo, tivemos domínio da partida. Fomos muito superiores, e merecíamos, pelo que produzimos, um resultado de vitória".

Estreia de Leo Fernández: "Entrou muito bem. Ele reúne características que combinam com o que eu penso de futebol. A tendência é que ele seja muito feliz com a camisa do Fluminense. (...) Ele pode jogar aberto, por dentro, de segundo [atacante]".

Críticas ao VAR: "Eu sou a favor do VAR, mas, aqui no Brasil, ele ainda não tem uma participação positiva e atrapalha mais do que ajuda. Tem lances que a arbitragem está próxima e tem um erro de interpretação do árbitro, como ocorreu hoje. Aí o VAR é acionado e a decisão demora mais para acontecer, quando poderia ter acontecido no campo. (...) Quando o juiz está em cima do lance - geralmente interpretativo -, depois vai para o VAR e fica demorando, é melhor ficar com a decisão do campo".

Jogo faltoso: "O critério de falta é do árbitro, então assim, o cartão amarelo que o John Kennedy tomou, nem falta foi. Dar aquele cartão amarelo no começo do jogo para o Felipe Melo não sei se teve sentido, mas tudo bem. Aí ele amarelou o Ganso por reclamação nesse lance. Ou seja, pendurou quase todo o nosso time hoje. E o lance do Gerson, que a bola bateu na mão, a gente não sabe qual o critério para dar pênalti ou não; o VAR não chama".

Interferência na arbitragem e vínculo com a CBF: "Não vai ter nenhum canal aberto. Não sou treinador do Fluminense ou seleção para ponderar decisões da arbitragem. Aqui sou treinador do Fluminense e lá da seleção. Não vou usar nada disso para ter interferência nenhuma. Não tem essa história".

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Botafogo na liderança: "É uma campanha, historicamente no Campeonato Brasileiro, bem fora da curva. Os times (Flamengo, Palmeiras, Fluminense) têm uma média de percentual, de estar nas posições que estão. Nem Flamengo, nem Fluminense seriam líderes, mas o líder deveria estar cinco ou seis pontos na frente nessa situação de histórico. Temos que fazer o nosso, parabenizando o Botafogo pelo momento, e seguir lutando, melhorando o time e aumentando nossas chances de vencer".

Variação tática: "O jogo de hoje não teve nada a ver com o jogo do São Paulo. Nós jogamos de uma maneira no começo do primeiro tempo e de outra do meio do primeiro tempo para o segundo tempo inteiro. Fizemos um segundo tempo mais propositivo, com mais variação, um pouco mais longo, usando a capacidade do Lelê. Tivemos um domínio absoluto a partir disso. Fiquei contente com a equipe hoje".

Futebol de base: "Eu acho que existem prioridades quando falamos de futebol de base no Brasil. Acho que devemos, em primeiro plano, formar um ser humano antes do jogador, e usar o futebol para melhorar a vida do garoto antes de chegar nos clubes. Não devemos olhar para questão tática, física ou técnica nesse primeiro momento. O jogador está lá para ser desenvolvido como pessoa: tomada de decisão, encorajamento, segurança, ética, solidariedade".

Ausência de Cano no próximo jogo: "Ele tem uma importância imensa no time, mas vou olhar para quem vai entrar e confiar, pois temos opções".

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