Arnaldo Ribeiro afirmou no Posse de Bola que Abel Ferreira está descobrindo seus limites no Palmeiras. Segundo ele, o time bateu no teto e precisa ser reformulado.
'Pequena queda': "O Abel é um técnico novato, dá a impressão que ele tem um histórico, mas ele tem três times na carreira, ele nunca viveu o que ele está vivendo. Ele nunca viveu uma idolatria dessa, até falou que os torcedores do Palmeiras dizem amá-lo mais que a própria família, e agora ele está entrando numa pequena queda. Ele dirigiu o Braga e o Paok , ele não tem trajetória no futebol ainda, a trajetória dele está sendo construída nesse momento, então ele não tem experiência prévia com o sucesso e nem experiência prévia com o fracasso, ele vai tendo essas balizas agora".
'Palmeiras precisa respirar': "Tudo para ele é recente. Ele não é ídolo do Paok, do Braga nem de ninguém, ele só é ídolo do Palmeiras. E acho que o limite que ele fala é o de três anos tirando tudo de jogadores que têm seus limites. Por mais que a gente saiba que o Raphael Veiga, o Rony, Dudu, Zé Rafael são bons jogadores, eles não são craques acima da média e, para mim, está muito claro que o Abel tirou tudo desses caras, tudo. O Palmeiras precisa respirar com outros jogadores, com reformulação, com mais jogadores, porque o que acontece hoje é um time titular muito forte e garotos que estão tateando espaço. Quando o Palmeiras perde qualquer titular, ele sente demais".
'Abel está descobrindo seus limites': "Os jogadores do Palmeiras, assim como os jogadores do São Paulo do tricampeonato [brasileiro], não são jogadores de seleção brasileira, eles são bons jogadores para os clubes deles. A grande diferença do Palmeiras é ter um conjunto, e não ter craque, o Palmeiras não tem craque. E aí quando vai para seleção, começa a viajar, tem data Fifa, machuca um, o time sente demais. Esse é o modelo do Palmeiras, é um modelo que tem limites, o Abel tem limites e está descobrindo agora quais são os limites dele, ele não tinha experiências anteriores. Ele tem um desafio grande agora, que é reciclar esse time do Palmeiras, que chegou num limite técnico, tático, emocional, psicológico, tudo. Está fora da Copa do Brasil, está longe no Brasileiro e tem o Atlético-MG na Libertadores, não será surpresa se o Palmeiras ficar sem nada nesse segundo semestre, porque bateu no teto".
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