Uma das polêmica mais recentes envolvendo o VAR surgiu com o impedimento marcado no gol de Gabigol na partida entre Flamengo e Athletico-PR, válida pela Copa do Brasil.
Enquanto uns gostam da ferramenta e até consideram que ela chegou tarde, outros falam que ele mata a "alma polêmica" do futebol. Porém, antes mesmo da existência do VAR, a TV Globo já tinha o Tira-Teima, seu próprio recurso para analisar o posicionamento dos atletas em campo.
O que é o Tira-Teima?
É um computador que tem uma base de dados com as medidas oficiais dos gramados dos estádios onde os jogos acontecem e são transmitidos pela emissora. Com isso, o sistema consegue traçar a linha de impedimento no momento exato que sai o passe da bola.
Então, aproveitando a posição original de cada jogador, o equipamento insere os jogadores virtuais no campo. Assim, ele movimenta o ângulo da imagem transmitida ao vivo, conseguindo uma perspectiva que a câmera não consegue exibir.
A TV Globo começou a usar o recurso em 1986, durante a Copa do Mundo do México. Com o avanço da tecnologia e da computação gráfica, o sistema do tira-teima também foi sendo aprimorado.
E o VAR?
Sigla para Video Assistant Referee (Árbitro Assistente por Vídeo), o sistema também analisa imagens gravadas e se divide em duas partes principais: a estrutura de campo e a central de controle.
Enquanto o primeiro era só para os telespectadores, o VAR ajuda o árbitro de campo a tomar decisões em lances polêmicos, como pênaltis, impedimentos e gols duvidosos.
No estádio, câmeras captam os lances por diversos ângulos. Elas enviam a transmissão para uma central de controle.
Na central de controle, uma equipe composta por operadores de replay e árbitros analisa a jogada em questão. Ela seleciona o registro das melhores câmeras e propõe sugestões.
O árbitro pode fazer uma revisão desse material em um monitor ao lado do gramado. Apesar de receber as sugestões da central de controle, é ele quem decide que atitude tomar em campo.
*Com reportagem publicada em 08/12/2022
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