O que gerou turbulência para Corinthians antes de jogo decisivo no Peru?
O Corinthians confirmou que vai entrar em campo para a partida contra o Universitario. O jogo acontece às 21h30 (de Brasília), em Lima, pela volta dos playoffs da Sul-Americana.
Cenário turbulento
A partida em questão ganhou contornos de tensão desde o confronto de ida, disputado na semana passada em Itaquera.
No fim do jogo, um preparador físico do Universitario foi preso pela polícia. O uruguaio Sebastián Avellino Vargas teria feito gestos racistas em direção a torcedores e sequer deixou o estádio antes de ser detido.
O técnico da equipe peruana, Jorge Fossati, saiu em defesa do colega e disse que, na visão de Vargas, "interpretaram mais a gesticulação porque estavam cuspindo" em membros da comissão. O uruguaio está detido até hoje em São Paulo.
Outro ponto polêmico surgiu por meio de Vanderlei Luxemburgo, técnico do Corinthians. Na entrevista coletiva da semana passada, ele se irritou com a Conmebol ao abordar o surto de Síndrome de Guillain-Barré (SGB) que atinge o Peru e questionou o motivo de a equipe brasileira ter que atuar no país.
Um surto é um surto em qualquer lugar. Nós não somos cobaias. Quem é o responsável por nós viajarmos lá? E se pegarmos algo, quem vai ser o responsável? Tem um decreto federal do ministério que diz que tem surto e isso tem que ser respeitado. Até quando o futebol vai ser tratado por pessoas que não conseguem entender que isso é um problema muito sério? Não queremos deixar de jogar no Peru, pelo contrário, mas neste momento é preciso de responsabilidade para as pessoas que vão estar lá não correrem riscos Luxemburgo
Falta de segurança?
Hoje, horas antes do duelo em Lima, mais tensão: a polícia peruana recomendou ao Corinthians viajar no ônibus da própria corporação do hotel para o estádio Monumental — as autoridades acreditam que os ânimos possam estar exaltados justamente pelos fatos da semana passada.
A diretoria alvinegra não gostou da ideia e pediu segurança por parte das autoridades para chegar ao local em um veículo independente.
Agora há pouco, a Conmebol e a própria polícia prometeram escolta aos membros da equipe, que deve chegar ao Monumental nos próximos minutos em um ônibus "normal".