Botafogo só empata em estreia de Bruno Lage, mas avança na Sul-Americana
O Botafogo seguiu sem perder na estreia de Bruno Lage como técnico da equipe. Os cariocas sofreram e empataram com o Patronato por 1 a 1 no Nilton Santos com direito a gol anulado dos argentinos no fim, mas eliminaram o adversário e avançaram às oitavas de final da Sul-Americana graças à vantagem construída no jogo de ida
Foi a 10ª partida seguida sem derrota por parte da equipe brasileira, que não sabe o que é perder desde o dia 3 de junho.
O Botafogo vai enfrentar o Guarani (PAR) na próxima fase da Sul-Americana. Os confrontos acontecem nas semanas dos dias 2 e 9 de agosto — a Conmebol ainda vai definir as datas exatas.
Como foi o jogo
No 1° tempo, o gol de Luís Henrique aos dois minutos deu total tranquilidade aos donos da casa, que cadenciaram a partida e chegaram a ver o Patronato assustar. Em sua primeira aparição na temporada, Gatito foi exigido e mostrou serviço.
A metade final teve o Botafogo ainda mais lento, fato que gerou o empate e mais pressão por parte dos argentinos, que tentaram, em vão, reverter a vantagem — Sosa ainda marcou no fim, mas viu o lance ser anulado por impedimento de Chamorro.
Gols e destaques
Botando fogo e abrindo o placar. Bruno Lage não teve nem tempo de dar orientações táticas antes de ver seu time marcar. Aos dois minutos, Janderson recebeu lançamento pela ponta direita, ganhou na dividida e deu um lindo drible da vaca antes de rolar para o meio da área. Luís Henrique, que fez o papel de Tiquinho Soares como centroavante na noite de hoje, só teve o trabalho de empurrar para as redes e cravar o 1 a 0.
Gatito salva. O goleiro do Botafogo, que fez seu primeiro jogo desde novembro do ano passado, evitou o empate aos 12 minutos. Em escanteio da direita, Ghirardello subiu sozinho e cabeceou forte ao gol dos mandantes — o paraguaio, que substituiu Lucas Perri, no entanto, mostrou reflexo e espalmou, agitando os torcedores cariocas.
Tapetinho molhado, ritmo acelerado. A forte chuva que caiu durante o 1° tempo no Rio de Janeiro castigaria muitos gramados espalhados pelo Brasil, mas não o sintético do Botafogo. O "tapetinho", pelo contrário, aumentou a velocidade da bola e obrigou as equipes a explorar ainda mais as jogadas em profundidade.
Tentativas argentinas. Desesperado para reverter uma desvantagem de três gols, o Patronato saiu ao ataque diante de um adversário mais cadenciado. Novero e González pararam em Gatito, enquanto Enzo Díaz engatou uma bicicleta e ficou perto de acertar o alvo pouco antes do intervalo.
Júnior Santos entra e inferniza. O time brasileiro voltou para o 2° tempo com Júnior Santos no lugar de Segovinha, que ficou no quase durante os 45 minutos. O atacante não demorou para martelar os argentinos: aos sete minutos, deu o passe para Janderson carimbar a trave, e logo depois obrigou Budiño a trabalhar em chute forte com a perna esquerda.
Botafogo dorme, e Arce não perdoa. O Patronato empatou a partida aos 22 minutos em um vacilo defensivo do Botafogo. O zagueirão Domingo arrancou, passou por dois defensores e deu um lindo passe para Arce, que invadiu a área, deslocou Gatito e balançou as redes: 1 a 1.
Pressão dos visitantes. Já com a vaga em condições quase impossíveis de ser atingida, sobrou aos argentinos quebrar a invencibilidade brasileira. Sosa até marcou após cruzamento da direita feita por Chamorro, mas o autor da assistência estava impedido e gerou um alívio por parte da torcida no Nilton Santos.
FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 1x1 PATRONATO
Data e horário: 19 de julho de 2023, às 19h (de Brasília)
Motivo: volta dos playoffs da Sul-Americana
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Kevin Ortega (PER)
Assistentes: Michael Orue (PER) e Jesus Sánchez (PER)
VAR: Carlos Orbe (EQU)
Cartões amarelos: Janderson, Philipe Sampaio, Hugo, Di Plácido (BOT); Pereyra, Arce (PAT)
Cartões vermelhos: não houve
Gols: Luís Henrique (BOT), aos 2 min do 1° tempo; Arce (PAT), aos 22 min do 2° tempo
BOTAFOGO: Gatito Fernández; Di Plácido, Philipe Sampaio, Victor Cuesta e Hugo; Danilo Barbosa, Tchê Tchê (Lucas Fernandes) e Gustavo Sauer (Breno); Segovinha (Júnior Santos), Janderson (Carlos Alberto) e Luís Henrique (Diego Hernández). Técnico: Bruno Lage
PATRONATO: Budiño; Ojeda, Domingo e Ghirardello; Novero (Cáceres), Chamorro, Vázquez e Cobos (Barinaga); Pereyra (Arce), González (Solís) e Enzo Díaz (Sosa). Técnico: Rodolfo Di Paoli